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Hoje, a UFMG é um dos centros de pesquisa e de formação de qua-
dros e cidadãos, um centro de produção de conhecimentos científicos,
sociais e filósoficos e de educação dos mais férteis do Brasil e em pa-
dröes excelentes. A universidade sofreu com as reviravoltas políticas:
30,37,64. Ela teve de lutar por sua existência e pela sua autonomia con-
tra as ditaduras. Ela sempre foi uma referência democrática, um centro
de resistência aos ventos mais turbulentos da história brasileira. Os fun-
dadores e dirigentes da UMG e da UFMG lutaram com dedicação e
competência pela sua fundação e continuidade. Se eles se inspiraram
nos antepassados mineiros do século XVIII, eles nos inspiram, hoje, na
defesa da Universidade contra aqueles que, muitos saídos dela, querem
passar para a história como seus “coveiros”.
O livro do Professor Dias é encerrado com alguns interessantes apên-
dices: belas fotos dos primeiros prédios da UMG e de Belo Horizonte
dos anos 20/40; as biografias dos cientistas mineiros dos séculos XVIII e
XIX, feitas por Aurélio Pires; o discurso de Pedro Nava louvando a cria-
ção da UMG; o documento da fundação com as assinaturas dos funda-
dores; um documento em que a nova universidade responde às ques-
tões da ABE sobre a sua idéia de universidade; documentos dramáticos
que revelam a luta dos Reitores da UMG e UFMG pela sua autonomia,
destacando-se os de Aluísio Pimenta em 64.
Concluída a leitura do livro do Professor Dias, tem-se a certeza de
que a pesquisa promovida pelo departamento de História para come-
morar os 70 anos da UFMG, que está planejada para 5 volumes, come-
çou muito bem em seu primeiro volume. Os próximos 4 volumes terão no
livro do Professor Dias um bom preâmbulo, uma boa referência. O proje-
to UFMG: Memória & História foi bem iniciado; agora, aguardemos os
próximos resultados desse importante trabalho.