O fósforo (P) é um dos minerais mais abundantes no organismo. Ele está envolvido
de transferência de energia, metabolismo energético, contração muscular e integridade do
0,028 g de P/kg/dia, considerando uma eficiência de digestibilidade de 35%. Entretanto,
a absorção verdadeira de fósforo é bastante variável (30 a 50%) e é influenciada por
fatores como a quantidade e qualidade na dieta, presença de outros compostos na dieta e
idade dos equinos, o que torna importante o conhecimento da disponibilidade na fonte de
fósforo, pois a eficiência de absorção influencia a quantidade de fósforo requerida na dieta
O fósforo pode ser ingerido na forma inorgânica, principalmente na forma de
ortofosfatos, e na forma orgânica, como fosfolipídios, ácido nucléicos, ácido fítico e
outros compostos. A concentração de fósforo, na sua maioria na forma orgânica, nos grãos
é superior à encontrada nas folhas e caule. Entretanto, alimentos de origem animal
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apresentam concentrações maiores e mais disponíveis comparados aos de origem vegetal,
por apresentarem-se na forma inorgânica (Bunzen, 2009; Cintra, 2016).
Este mineral atinge o sangue através da absorção das frações de origem dietética e
endógena, a partir do trato digestivo, dos tecidos moles e do fósforo solubilizado no osso
(Aubert & Milhaud, 1960 apud Lopes et al., 2003). O local de absorção do fósforo
dietético, como fosfato inorgânico (PO
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), varia de acordo com a composição da dieta,
sendo absorvida no intestino delgado a maior fração de fósforo contida em grãos, e no
intestino grosso a fração proveniente do volumoso (Frape, 2010).
O fósforo na forma de fitato, forma orgânico, apresenta baixa digestibilidade, devido
a necessidade de hidrólise para transformá-lo em fósforo inorgânico, absorvível. Diante
disto, alguns estudos foram realizados para avaliar a suplementação da enzima fitase para
um melhor aproveitamento do P, entretanto, foi observado que a fitase em equinos
melhora a disponibilidade gastrointestinal de fósforo, mas sem melhorar
significativamente a digestibilidade aparente do fósforo (Van Doorn et al., 2004).
O fósforo é regulado por um mecanismo semelhante ao do cálcio. Quando a
concentração de Ca está baixa, o PTH é liberado e, juntamente com a vitamina D, a qual
é ativada pelo próprio PTH, estimula a absorção intestinal e a reabsorção renal e óssea
tanto de cálcio quanto de fósforo. Entretanto, quando em situações de hipofosfatemia ou
quando há hipercalcemia, elevando a relação Ca:P no sangue, as tireóides liberam
calcitonina, que vai inibir a ação do PTH, com o objetivo de cessar a mobilização óssea
de cálcio (Bunzen, 2009).
Ele pode ser apresentar no organismo tanto na forma orgânica, como fosfolipídeos,
ácidos nucléicos e fosfoproteínas, como na forma inorgânica, na forma iônica como o
fosfato livre (Franco et al., 2004). Do fósforo corpóreo total, 80% é encontrado nos ossos,
enquanto que os restantes 20% estão distribuídos nos flúidos e tecidos moles (Suttle,
2010).
No organismo dos mamíferos o fosfato é principal ânion intracelular. Sua fração
intracelular representa apenas 10% do fósforo corpóreo total e os 90% restantes são
encontradas na matriz mineralizada do osso, na forma de hidroxiapatita, assim como o
cálcio (Franco et al., 2004).