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A segunda parte aborda a mudança do suporte textual em decorrência das evoluções
tecnológicas e seu consequente impacto sobre o próprio texto e sobre os protocolos de leitura,
tendo como referência as contribuições teóricas de Guglielmo Cavallo e Roger Chartier, bem
como as de Lúcia Santaella. Partindo das modificações ocorridas no suporte, no texto e na
leitura, também foram acrescentadas reflexões sobre a correlação entre essas alterações e o
próprio fazer literário, tomando como referência o surgimento da literatura eletrônica/digital.
Na terceira parte, ampliou-se a discussão em torno das experimentações literárias em
suporte eletrônico, tendo como referência algumas manifestações que se apropriaram da
informática para a construção do texto. Para tanto, foram essenciais as contribuições teóricas
de Katherine Hayles, Lúcia Santaella, Edgar Roberto Kirchof e Jorge Luiz Antônio. Em
seguida, as ponderações sobre a literatura em suporte eletrônico foram detalhadas e
restringidas à literatura direcionada ao público infantil.
Nessa etapa da pesquisa,
foram tecidas
considerações sobre a literatura infantil e seu histórico, a importância da ilustração e da
ludicidade no texto produzido para crianças, bem como aspectos em que a tecnologia digital
pode funcionar como potencializadora do texto. Neste capítulo, foram apresentados alguns
materiais literários disponíveis no ciberespaço, as quais variam entre conteúdos digitais e
digitalizados.
Na quarta parte, tratou-se da recepção estética que a criança concebe ao texto,
levantando questões relativas à maturidade cognitiva, aos níveis de leitura e à imaginação
literária. Considerou-se ainda o conceito de atualização e virtualização do texto, partindo das
contribuições teóricas de dois representantes da Estética da Recepção – Hans Robert Jauss e
Wolfgang Iser – e alcançando os apontamentos feitos pelo filósofo contemporâneo Pierre
Lévy. Ao final deste capítulo, o estudo foi convertido para a recepção da literatura eletrônica,
tendo em vista a hipermídia e o hipertexto como elementos capazes de construir um
significado – um nó – que poderá ou não ser apreendido pelo pequeno leitor.
Em seguida, na quinta parte, dedicou-se ao detalhamento dos procedimentos
metodológicos adotados para a efetivação da pesquisa, como principais métodos, formas de
coleta de dados, análise e discussão dos resultados.
Por fim, na sexta parte, foi dada a conclusão obtida por meio do estudo bibliográfico
realizado e da análise dos dados obtidos.