ascensão meteórica nunca foi menos do que inspiradora. Lincoln continuou
a crescer e renovar-se durante toda a sua vida. Mesmo após 200 anos,
ABRAHAM LINCOLN
: UM LEGADO DE LIBERDADE
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apoiou sua acusação de traição
contra o pomposo
general George B. McClellan, dado a intrigas
políticas. Lincoln ouviu respeitosamente americanos
de várias insígnias, de abolicionistas negros a ativistas
quakers, dos indivíduos talentosos e dinâmicos que
incluiu em seu gabinete, aos rivais políticos — mas as
decisões importantes sempre foram tomadas somente
por ele. Como líder, Lincoln agia deliberadamente,
sempre testando os ventos políticos predominantes.
Ele mudava de opinião com frequência. Era, no jargão
moderno do eminente historiador James Horton, o
perfeito “vira-casaca”. Mas o grande cientista social
W.E.B. Du Bois pode ter chegado à verdade essencial
quando se referiu a Lincoln como “grande o suficiente
para ser incoerente”.
Minha grande atração por Lincoln se baseia na sua
nobreza de caráter, no seu “fazer-se por si próprio”
no sentido mais amplo do século 19 descrito pelo
historiador John Stauffer. Como seu pensamento
estava profundamente enraizado em uma crença na
igualdade e nos ideais de liberdade, podemos imaginar
tudo sobre Lincoln. Ele poderia ter resolvido o
problema racial; ele poderia ter estendido o direito de
voto às mulheres. Ele é, mais do que qualquer outro, o
herói americano.
Em um dia ensolarado de primavera, pouco antes
de seu assassinato, Abraham Lincoln e sua esposa,
Mary Todd Lincoln, foram fazer um passeio de
carruagem. A guerra havia acabado. O otimismo
reinava. Abe contemplava o futuro. Após o término
do seu mandato de presidente, Lincoln disse à sua
esposa, ele gostaria de viajar para a Europa e outros
lugares. Não era para acontecer. Porém, em um
sentido mais amplo, Abraham Lincoln viajou o
mundo — sua convicção de que o homem comum
poderia se renovar é muito inspiradora para todos nós.
Eileen Mackevich é diretora executiva da Comissão
do Bicentenário de Abraham Lincoln. É cofundadora
do Festival de Humanidades de Chicago do qual
foi presidente de 1989 a 2005. Ela é jornalista da
afiliada de Chicago da Rádio Pública Nacional e foi
diretora adjunta do Conselho de Humanidades de
Illinois.
Criada por ato do Congresso, a Comissão do Bicentenário de Abraham Lincoln trabalha
para celebrar a vida e o legado do 16° presidente dos Estados Unidos, revigorando seus
pensamentos, ideais e espírito em toda a nação e no mundo