CONCLUSÃO
A obra consiste em ser um projeto de estudo de interatividades e reações com o digital, seja através do o som ou dos movimentos do corpo. Um obra participativa recebendo inputs de diversos tipos diferentes de equipamentos desobedientes e disruptivos: sensores 3D (Kinect), webcams hackeadas para infra-vermelho, microfones desmontados e amplificados, etc.
Porém para seu objetivo concreto isso deve ser invisível aos olhos do visitante, pois a ideia é criar uma obra que consiga conversar com o seu visitante que consiga responder a sua maneira, seja através de uma alteração na imagem, seja no som, mas que consiga dar uma resposta ao devir do espectador. Criar práticas multi-sensoriais de processamento de imagens em tempo real pervertendo as noções de interfaces audiovisuais. Refletir sobre as mídias e levantar o pensamento em torno das novas tecnologias. Explorar o inverso também: As tecnologias estão hoje a serviço das mídias e forçar essas barreiras de outros modos é sua intenção.
O conceito de “Generative Art”, por exemplo, coloca em xeque não apenas o autor mas a própria audiência. O trabalho que se regenera e adquire complexidade independentemente dos “inputs”, resultando e trazendo um questionamento dos aspectos de uma revolução digital que se move bem abaixo da superfície das grandes mídias, explorando como a imagem entende-se também dos dados digitais, códigos e informações numéricas, podendo adquirir inúmeras e novas formas de representação (não apenas visuais). Uma nova noção de “participação” renascendo um ambiente reforçado pelo êxtase, pelo contato coletivo, onde a idéia de autoria, permanece no incógnito terreno do relativismo.
É reforçar a ideia de que as tecnologias abriram formas realmente novas de manipulação e de formulação de narrativas mais permeável às instabilidades do acontecimento ao vivo que são apenas possíveis vivenciar através do uso de sistemas interativos. O objetivo é estabelecer novas formas de comunicação entre o espectador e ao mesmo tempo, o projeto é o resultado e existência do que foi alterado, podendo assim tomar rumo ao acaso, se tornando uma obra viva, deixa se ser um objeto somente de exposição onde o próprio espectador é o criador.
Uma escultura audiovisual reativa, participativa, interativa e sensorial que se utiliza da técnica da Projeção Mapeada para transcender os conceitos da imagem bidimensional através da sua dobra utilizando como suportes diversos molduras antigas com tecido translúcido, ocupando o espaço e dispostas de maneira aleatória simulando partículas flutuantes através da leveza da imagem em virtude de sua composição.
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