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Aqui se percebe o maior dos ideais gregos, defendido fortemente pela escola
pitagórica - o da perfeição. Parmênides interpretou o Universo como imutável, por ser
perfeito, logo não necessita de mudanças. Também podemos perceber, como
comentado anteriormente, a importância das ideias difundidas na Índia e Babilônia,
sobre a criação do mundo, pois já se discutia a importância da relação entre os
opostos.
A influência da escola pitagórica, fundada por Pitágoras de Samos (570-480
a.C.), pode ser encontrada mesmo entre filósofos que não fizeram parte diretamente de
sua escola. Pitágoras ficou conhecido por seus trabalhos matemáticos, que sofreram
grandes influências da Babilônia. Sua maior contribuição para a filosofia grega foi o seu
amor pela beleza e pela simetria, duas qualidades exaltadas pelos filósofos que deram
contribuições sobre a constituição da matéria. Apesar de tentar racionalizar seus
estudos, esses estavam impregnados de misticismo [2].
O filósofo Heráclito de Éfeso (540-475 a.C.) apresentou o Universo (ou a
natureza) por meio de duas forças opostas que procuravam o equilíbrio por meio do
movimento eterno [2].
Parmênides e Heráclito apresentam-se com posições totalmente antagônicas;
enquanto Parmênides acreditava na imutabilidade, Heráclito propõe que o Universo
está em eterno movimento.
O filósofo Melisso de Samos (490-450 a.C.), cerca de um século depois, divide
com Anaximandro a opinião de que o constituinte básico da matéria não faria parte do
mundo dos sentidos.
Uma ideia um pouco diferente das demais foi apresentada por Anaxágoras de
Clazômena (500-428 a.C.). Para este filósofo, a matéria seria composta de pequenas
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