Questão 8
Com base no texto 6 e no livro A cidade ilhada, de Milton Hatoum, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01.
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O trecho acima evoca a presença não só do imigrante libanês na literatura de Miltom Hatoum, mas também de outras origens. O olhar estrangeiro está presente também em outros contos do livro cujas histórias envolvem personagens estrangeiros no Brasil ou personagens brasileiros no exterior.
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02.
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A passagem “a viagem permite a convivência com o outro, e aí reside a confusão, fusão de origens, perda de alguma coisa, surgimento de outro olhar”, encontrada no conto “A natureza ri da cultura”, conduz o leitor a uma reflexão sobre os conflitos da condição de estrangeiro.
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04.
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A cidade ilhada é um livro de contos regionalistas que têm como cenário a cidade de Manaus e, como personagens, habitantes nativos e visitantes estrangeiros que se envolvem em conflitos de caráter local decorrentes da exploração das riquezas naturais da região amazônica, especialmente as ervas medicinais e a madeira.
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08.
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O título do livro reflete o isolamento e uma certa pureza que o autor deseja preservar: o manauara é retratado, de forma apaixonada, como aquele indivíduo desconfiado que chega a reagir com ímpeto em defesa de suas raízes e de suas crenças e que rejeita qualquer tipo de hibridismo cultural.
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16.
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A coletânea é atravessada por tons de humor, leveza, nostalgia, lirismo. As histórias narram desde lembranças de episódios ocorridos na infância, remetendo a ritos de passagem, à dificuldade de relacionamento entre pessoas de culturas diferentes, até cenas poeticamente vividas na velhice e sonhos realizados.
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32.
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No trecho “essa voz era abafada por outra, mais incisiva: a do meu avô, que evocava episódios de um Líbano cada vez mais distante” (texto 6, linhas 3 e 4), ocorre uma ambiguidade quanto à referência do pronome que, a qual poderia ser resolvida pelo uso do pronome o qual / a qual. O pronome o qual faria referência ao avô, enquanto a qual faria referência a sua voz.
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TEXTO 7
[...] Dentro do ônibus fiquei me lembrando de várias coisas que eu e a Sandra já havíamos feito e conversado. Era de noite e o ônibus ia devagar, seguindo atrás dos caminhões e de outros ônibus e carros, tudo dentro do desvio, porque até ali na Avenida Antônio Carlos o asfalto andava sendo consertado. E me lembro que eu olhava para fora, no escuro, e forçava a vontade, dizendo que ia trazer aqueles caminhões até Belo Horizonte no prazo certo nem que tivesse que puxar um por um no ombro. E não estava gostando de mim, porque via que estava com uma raiva muito grande. E fiquei me convencendo de que a culpa do que havia acontecido era da Sandra. E forçava para pensar assim, e ficava vendo os caminhões presos no barro, e raciocinando na palavra do senhor Mário dada lá para os homens da refinação.
FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. Jorge, um brasileiro. 10. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 31.
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