USOS CONSUNTIVO
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USOS NÃO CONSUNTIVOS
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Abastecimento de Urbano
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Recreação, Lazer e Turismo
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Abastecimento Rural
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Geração de Energia
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Consumo Industrial
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Diluição de Esgotos
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Irrigação
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Mineração
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Dessedentação de Animais
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Manutenção da biodiversidade
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Aquicultura
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Pesca
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Fonte: ANA
Tabela 4‑10 - Caracterização dos Principais Usuários
PRINCIPAIS USOS
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TIPO USUÁRIO
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OBSERVAÇÕES
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Abastecimento Público
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CESAN e Prefeituras
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Captação Direta
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Abastecimento Doméstico Rural
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Residências dispersas na área rural
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Cerca de 3.000 hab.
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Industrial
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Grandes Indústrias do Estado
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As indústria de maior porte do estado estão instaladas na região como CST, CVRD e COFAVI que consomem juntas cerca de 1,5 m3/s
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Dessedentação de Animais
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Produtores Rurais
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Disseminado em toda bacia
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Irrigação
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Produtores Rurais
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Cerca de 4.500 irrigantes em uma área de 6.700 ha.
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Pesca
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Pescadores particulares
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Região estuarina de Vitória
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Lazer
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Unidades de Conservação
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Cachoeiras da região
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Extração de Areia
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Empresas Privadas
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Mineração dos leitos dos rios
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Geração de Energia
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Diversos
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UHEs e PCHs
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Fonte: ANA
A produção de sedimentos na bacia é estimada pelos valores obtidos no Posto Fluviométrico de Marechal Floriano, na ordem de 13.590 ton./ano.
A concentração média anual de sólidos em suspensão para a região é de 220 mg/l, e a estimativa da produção específica para bacias com até 13.000 km2 é de 45 t/ano/km2.
A área de agradação (deposição) da bacia do Rio Jucu, que representa a zona mais baixa onde se encontra as tomadas de captação de água para Região Metropolitana da Grande Vitória, está sujeita a cheias, assoreamento e alto custo do tratamento de água para eliminar sólidos em suspensão.
O processo de assoreamento no Rio Jucu é mais acentuado próximo à foz. Entretanto, os moradores do município de Marechal Floriano vêm relatando o aumento do leito do rio nos últimos anos, que apresenta como uma das causas o desenvolvimento de estradas locais e regionais inadequadas, o que pode ocasionar enchentes devido à diminuição da capacidade de escoamento da calha.
O rio Jucu tem dois postos fluviométricos operados pela ANA. O primeiro no Córrego do Galo (Jucu Norte) (57.170.000) drena uma área de 976 km2. O segundo localizado na Fazenda Jucuruaba (57.230.000, Rio Jucu) drena uma área de 1625 Km2. A vazão Q7, 10, para o posto Córrego do Galo, correspondeu a 5,6 m3/s, calculado pelo modelo de regressão proposto pela UFES. Da mesma forma, na cidade de Marechal Floriano, o rio Jucu Braço Sul estaria com uma vazão Q7,10 de 2,56 m3/s
Figura 4‑12 - Bacia Hidrográfica do Rio Jucu e Pontos de Monitoramento
Em termos de qualidade da água, o Rio Jucu apresenta IQA de todas as classificações de acordo com a localização de seus 5 pontos de monitoramento. Especificamente nos pontos de interesse direto deste Programa, Jucu Marechal Floriano, Córrego do Galo e Jucuruaba os três parâmetros básicos de modelagem, Oxigênio Dissolvido, DBO, Coliformes termotolerantes tiveram comportamentos melhores e semelhantes.
Tabela 4‑11 – Qualidade da Água Rio Jucu
PONTO
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DBO (mg/l)
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OD (mg/l)
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SÖLIDOS (mg/l)
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Coliformes (nmp/100 ml
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005 – Antes Mal. Folriano
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4,6
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8,4
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67
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3,0 x 103
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008 – Mal Folriano
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4,3
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7,7
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63
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3,3 x 104
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009 – Antes UHE Jucu
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4,0
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8,4
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30
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1,4 x 103
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025 – Ligação dos dois braços
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3,2
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8,2
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33
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1,4 x 103
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DBO – Os pontos de monitoramento citados estão com concentração o de DBO menor que o limite de 5 mg/l preconizado pela Resolução CONAMA para classe 2 embora muito próximos deste limite, caracterizando um rio com impactos antrópicos.
Oxigênio Dissolvido – A concentração de oxigênio dissolvido acompanha o perfil da concentração de DBO de forma invertida. Em todos os pontos citados o nível de oxigênio está superior aos limites definidos como classe 2, o que caracterizaria um rio limpo.
Coliformes - A bacia do rio Jucu apresenta-se de forma geral, com qualidade superior às da bacia do rio Santa Maria da Vitória, porém ainda superiores aos limites da classe 2. Todos os pontos tem resultados superiores a 1000 nmp/100 ml, caracterizando atividade antrópica na bacia e a falta de um saneamento básico adequado.
Sólidos – A bacia do rio Jucu também está impactada por sedimentos advindos de suas áreas de drenagem. A maioria dos pontos de monitoramento apresentam concentrações de sólidos suspensos voláteis maior que 50% das de sólidos suspensos totais, o que caracteriza o arraste de solos orgânicos oriundo de áreas de agricultura e da contribuição de esgotos domésticos. A extensa cobertura florestal da bacia não tem se mostrado eficiente por si só no controle do aporte de sedimento às suas águas e da sua qualidade. Áreas muito próximas aos cursos de água são intensamente utilizadas para agricultura, fazendo com que o caminho percorrido por material sólido erodido seja muito curto, reduzindo a possibilidade de sedimentação antes de sua chegada aos cursos d’água. O aporte de material sólido por si só é impactante à biodiversidade de cursos d’água. Este afeta a entrada de luz na coluna d’água, a distribuição de organismos na lâmina d’água e, por conseguinte, a produção primária dos ecossistemas aquáticos. Também encobre leitos pedregosos, destruindo nichos de reprodução e refúgio da fauna aquática. Além disso, os sedimentos são importantes vias de entrada de poluentes aos cursos d’água. Fósforo, amônio e vários pesticidas são sorvidos pelas partículas de solo e carreados pelos sedimentos. Estes poluentes podem ser dissolvidos logo que chegam aos cursos d’água, alterando imediatamente a composição química da água. A quantidade de sólidos afeta ainda as catações de água, devido ao assoreamento das barragens, maior consumo de coagulante para redução da concentração de sólidos e menores corridas de filtração.
Uso e Ocupação da Terra
De acordo com mapa de Uso da Terra fornecido pelo IEMA (visita técnica da equipe em outubro de 2012), na área de estudo das Bacias do Jucu e Santa Maria existem 84,95 km² de área urbana, o que corresponde a 3,82% da área. Deve-se levar em conta que esta área abriga a parcela mais urbanizada do Estado, envolvendo partes da RMGV.
Os Usos Agrícolas somam 37,08% da área (823,98 km²), importante destacar somente as pastagens já respondem por 34,97 da área de estudo das Bacias Jucu e Santa Maria, o que mostra um enfoque pecuário na região.
As áreas vegetadas chegam a 55,58% da área, o que corresponde a 1.235,04 km². Parcela significativa desta vegetação (11,94% da área de estudo) trata-se de vegetação secundária em diferentes estágios de regeneração. Importante também destaque as florestas plantadas (silvicultura) representando 0,41% da área de estudo.
A seguir é apresentada com as informações sobre a ocupação da terra na área de estudo das bacias do Jucu e Santa Maria.
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