Arte e política
a) A relação entre os artistas e o poder constituído, de caráter democrático ou
ditatorial, ao longo da história; a arte como propaganda ou instrumento político.
b) A arte e o seu papel subversivo ou revolucionário.
Texto de Cristina Costa
Desde o surgimento das primeiras manifestações artísticas, na Grécia, já havia a
preocupação de estabelecer as relações entre arte e poder político. Os filósofos gregos conheciam o
importante papel pedagógico da arte e admitiam que ela deveria contribuir, de alguma forma, para
estimular o patriotismo e a veneração dos heróis gregos. Ela era vista como uma atividade civil,
razão pela qual os artistas se dedicavam à realização de obras públicas, nas praças, edifícios oficiais
e templos.
Na Idade Média a arte esteve intimamente ligada aos grupos que dividiam o poder – a Igreja
Católica e a nobreza. As grandes obras arquitetônicas enalteciam os senhores feudais e o clero,
inscrevendo na paisagem a rígida hierarquia medieval. O caráter público e coletivo da arte
continuava dominando.
Foi a sociedade moderna que, favorecendo a profissionalização do artista e sua autonomia
diante das corporações de ofício, criou as condições para que se discutisse a função da arte, a
independência do artista e as suas relações de poder. O mercado da arte, garantindo certa autonomia
financeira aos produtores, também colaborou para que se defendesse a liberdade da arte ante a s
instituições políticas.
Compartilhe com seus amigos: |