POR QUEM OS SINOS GREGOS DOBRAM?
Osvaldo Coggiola
A crise econômica e a revolta social e política na Grécia expressam a falência da união capitalista da Europa no seu elo circunstancialmente mais fraco, e a profundidade da crise capitalista mundial. As formas da revolta grega, o rotundo (61,3 %) não à “troïka” (UE, BCE, FMI) no referendum de 5 de julho de 2015, e suas consequências políticas, afundam suas raízes na história contemporânea da Grécia, e possuem uma projeção não só europeia, mas mundial. As belles âmes que propõem como solução para a “tragédia grega” um substancial desconto na sua impagável dívida, como também o faz o FMI, em nome do débito que o mundo contraiu historicamente com a filosofia e a ciência experimental da Grécia Antiga, suposta “mãe do Ocidente”, na melhor das hipóteses, e ainda na melhor das intenções, não sabem do que estão falando.
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