Comissão
Pastoral da
Terra – Massacres
no campo
https://www.cpt
nacional.org.br/
mnc/index.php
O
site disponibiliza
um memorial dos
episódios de violência
no campo ocorridos
no Brasil.
FIC
A
A
DIC
A
O conhecimento dos povos tradicionais tem sido valorizado como modelo socio-
econômico alternativo ao imposto pela lógica capitalista do agronegócio, do lati-
fúndio e da monocultura. Simultaneamente se reconhece o papel dessa população
na promoção da agrobiodiversidade. Isso ocorre sobretudo por causa da emergên-
cia da agroecologia, que congrega características de ciência, práticas e movimento
social, para promover e orientar produção e consumo sustentáveis, com o objetivo
de garantir qualidade de alimentos e saúde.
A agroecologia estimula a busca de redução da perda genética das espécies. Um
exemplo são os esforços para a proteção das sementes crioulas, ou seja, varieda-
des tradicionais que sofreram melhoramentos a partir de práticas camponesas de
produção, sem o uso de agrotóxicos, fertilizantes industriais, etc. Esse processo
teve início há aproximadamente 10 mil anos, quando as mulheres faziam a seleção
das sementes na natureza.
Os sistemas agroflorestais também merecem atenção. Praticados por agricultores
no mundo todo há milhares de anos, eles estão sendo revalorizados. Na agrofloresta,
busca-se produzir em consonância com a natureza, cultivam-se muitas variedades
juntas, e a poda da vegetação é utilizada para cobrir o solo (o que garante a conser-
vação da umidade e o fornecimento de nutrientes
pelo processo de decomposição). Por se basear na
policultura e priorizar a manutenção e o cultivo de
espécies nativas, esse sistema agrícola é menos
danoso à fauna local. Em alguns casos, é associa-
do à criação de animais.
Entre as vantagens do sistema agrofl orestal estão o
controle da erosão dos solos, a efi ciência na ciclagem
dos nutrientes, a manutenção da biodiversidade e a
redução da necessidade de desmatar para produzir.
Foto em São José dos Campos, São Paulo, 2019.
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