B R A S I L : P E R C E N T U A L D E U S O E C O M E R C I A L I Z A Ç Ã O D E A G R O T Ó X I C O S S E G U N D O Á R E A P L A N TA D A E N Ú M E R O S D E I N T O X I C A Ç Ã O ( 2 0 0 7 - 2 0 1 3 ) MAIS TERRA, MAIS VENENO 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Crescimento da comercialização e uso
de agrotóxico por área (kg/ha)
Área plantada
(mil hectares)
Comercialização/uso de
agrotóxico por área (kg/ha)
Casos de intoxicação
(por 100 000 hab.)
3,08
3,70
4,19
4,80
5,32
6,00
6,23
62 389 10,32 12,61 12,17 15,74 15,21 18,10 16,44 74 528 71 319 65 528 65 722 65 375 68 158 Fonte: elaborado com base em Atlas do Agronegócio, 2018. Disponível em: https://br.boell.org/sites/default/fi les/
atlas_agro_fi nal_06-09.pdf. Acesso em: 28 jul. 2020.
A modernização do campo veio com a promessa de combate à fome, devido ao
aumento da produtividade de alimentos. Assim, no discurso de grandes empre-
sas, governos e organizações internacionais que incentivaram o processo, estava
presente a ideia de garantir a
segurança alimentar .
Porém, a fome no Brasil e no mundo não foi resolvida. Segundo dados da Or-
ganização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) de 2019,
cerca de 9 milhões de pessoas passam fome cotidianamente no país. Isso ocorre
porque a causa da fome não é a quantidade de alimentos produzidos, mas sim
a concentração de riquezas, conforme concluiu o geógrafo brasileiro Josué de
Castro (1908-1973), em estudos publicados ainda nos anos 1940.
A distribuição da produção de ali-
mentos e de recursos para a sua pro-
dução, dentre eles a terra, é, portanto,
a maneira viável de combate à persis-
tência de situações de insegurança
alimentar.