Fonte: elaborado com base em SANTOS, Maureen;
GLASS, Verena (org.). Atlas do agronegócio: fatos
e números sobre as corporações que controlam o
que comemos. Rio de Janeiro: Fundação
Heinrich
Böll, 2018. Disponível em: https://br.boell.org/sites/
default/files/atlas_agro_final_06-09.pdf.
Acesso em: 8 ago. 2020.
Finanças
Produção
de energia
Indústria
química
Terra
Produção
agrícola
Mercado de
commodities e
transporte
Produção e
processamento de
alimentos
Água
Investimento
Seguro
Informação
Atacado, varejo
Gastronomia
Consumo
Maquinaria
Pesticidas
Reprodução
Veterinária
Ração
Sementes
Fertilizantes
Desses percentuais distintos é possível inferir
que o processo de antropização
se diferencia territo-
rialmente no Brasil. Apesar disso, observamos que,
desde 1500, a exploração em bases insustentáveis
predomina em todos os biomas brasileiros. Atual-
mente, o Cerrado e a Amazônia são
os biomas que
mais têm sofrido ações antrópicas predatórias.
No espaço rural brasileiro coexistem pelos menos
dois modelos socioeconômicos de uso da terra: o do
latifúndio, associado à monocultura e ao agronegó-
cio, e o das médias e das pequenas propriedades,
associadas a pluriatividades e ao cultivo de diferen-
tes
produtos no mesmo terreno, bem como a modos
de vida tradicionais. Esses modelos se revelam em
tipos distintos de cobertura dos terrenos; implicam
diferentes relações
com a natureza, notáveis a partir
das formas e das práticas de uso dos recursos na-
turais e seus respectivos impactos socioambientais.
Ambos os modelos de uso da terra se sujeitam ao
capital. Isso significa que estão submetidos à lógica
do mercado,
da compra e da venda, ou, em outros
termos, da busca pela obtenção de lucro. Essa
submissão é marcada por contradições, disputas
e conflitos de uma gama de grupos sociais com
interesses distintos e frequentemente divergentes.
Vamos conhecer alguns deles.
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