A concentração de terras tem fortes vínculos com a especulação fundiária.
Isso quer dizer que, muitas vezes, grandes porções de terras são
obtidas sem a
finalidade de uso direto ou produção. A aquisição é feita com previsão de venda
futura da propriedade, com intenção de obter lucros. Uma vez que a compra sem
finalidade de uso retira temporariamente o imóvel
do mercado de compra e venda,
há redução da oferta de terras. Como resultado dessa especulação, os preços das
terras tendem a aumentar.
A concentração, assim, é ampliada, pois poucos têm capital suficiente para
aquisição de terras encarecidas. Dificulta-se, dessa maneira,
o acesso de
pessoas e famílias a esse bem fundamental à vida e à produção. Isso reforça
as desigualdades sociais e econômicas no país, repercutindo para além dos
espaços rurais. Essa estrutura fundiária é o centro dos problemas agrários
brasileiros, os quais contêm, além do tema da distribuição de terras, o uso
que delas é feito.
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