Malthus supôs que a capacidade de crescimento da população é indefinida-
mente superior à capacidade da terra de produzir alimentos e, de modo mais
geral, meios de subsistência necessários à vida. Dessa forma, deveria haver um
equilíbrio entre o tamanho da população e os meios de sobrevivência.
Segundo
o autor, esse equilíbrio só poderia ser mantido por meio da lei da necessidade.
Na sua visão, acontecimentos
como catástrofes ambientais,
guerras e epidemias seriam
necessários para manter o
equilíbrio entre população e re-
cursos disponíveis.
Politicamente, Malthus se
opunha ao auxílio
material às
pessoas mais pobres. Para ele,
o aumento dos rendimentos
dessas pessoas acarretaria in-
cremento da demanda por mer-
cadorias e,
consequentemente,
haveria elevação no preço dos
alimentos. Em seu julgamento,
se a população pobre recebes-
se acima de suas necessidades
básicas, ela gastaria com bebi-
das e futilidades. Em decorrên-
cia dessas visões,
entendia que
para evitar a superpopulação e o
aumento da pobreza era preciso
pôr fim ao amparo aos pobres e
incentivar a prudência no casa-
mento. Isso evitaria o excesso
de trabalhadores em relação à
demanda por mão de obra.
AS CRÍTICAS DE MARX
O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) classifica
as ideias de Malthus como
falsas e pueris, pois Malthus considera a superpopulação nas diferentes fases
históricas do desenvolvimento econômico como sendo da mesma natureza. Para
Marx, a população possui uma dinâmica demográfica diferente em cada socieda-
de e época, ligada ao modo de produção (primitivo, escravista, feu-
dal,
capitalista, socialista). Na sociedade capitalista, o excedente de
população seria criado segundo a demanda por seu emprego como
força de trabalho. Conforme o capitalista investe mais em máqui-
nas e tecnologia, a mesma produção torna-se possível
empregando
uma força de trabalho muito menor. Com o crescimento da acumu-
lação capitalista, cresce o
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