Histórias da Teté (1941) de Pedro Wayne e
O Batalhão
das Letras (1948) de Mario Quintana.
Atualmente, Abecedários ou Alfabetários se inserem
na Literatura Infantil por suas características lúdicas e
sua linguagem poética e temos vários exemplos deles
sendo produzidos: ABC Doido, ABC quer brincar com você,
Alfabetário, Alfabeto de Histórias, Aventura da Escrita,
Almanaque, Palavras, muitas palavras... e ABZ do Ziraldo,
são alguns deles.
A pesquisa de pós-doutorado
Cristina Maria Rosa inseriu sua descoberta em
estudos de Pós-Graduação (Estágio Pós-Doutoral na
FaE/UFMG, sob orientação de Graça Paulino), do qual se
originou uma publicação:
O livro Onde está Meu ABC, de
Erico Verissimo? Notas sobre um
livro desaparecido
é um ensaio a
respeito da produção do abecedário em
meio a um grupo de livros dedicados à
infância, todos de autoria de Verissimo.
A intenção da pesquisadora foi dar assento, na
historiografia da literatura infantil gaúcha, a esse ignorado e
hoje raro documento: Meu ABC é um dos livros criados
como
parte
do
projeto literário e
pedagógico
do
escritor gaúcho que, à época, dava largos passos como
colaborador no que veio a se tornar a maior empresa
editorial gaúcha, a Editora Globo.
No livro, a autora revela onde está o exemplar
fotografado, apresenta os vínculos do Abecedário com a
História da Alfabetização no Brasil e revela os Protocolos
de Leitura utilizados por Erico Verissimo para “inventar”
uma infância: urbana, inteligente, leitora.
Uma das teses
defendidas por Cristina é que, a
o criar a “Biblioteca de
Nanquinote” nos anos 30, Erico Verissimo ofereceu aos
meninos e meninas de sua época uma possibilidade de
infância através da literatura. Analisando o conteúdo
literário e pedagógico de Meu ABC, afirma que ele
representa um material que sim, poderia ter sido utilizado
nas escolas para introduzir crianças no mundo da leitura.
A exposição e o lançamento da obra
Lançado em 17 de dezembro, no Centro Cultural
CEEE Erico Verissimo (CCCEV), o livro vem sendo
apresentado a interessados e estudiosos em todo o Brasil,
via exposição de imagens e dialogo sobre o livro. Em Santa
Maria será da mesma forma. Abrigada pela CESMA, da
qual a autora é sócia desde os tempos de estudante na
UFSM, será no dia 19/08, às 17 horas a abertura oficial da
exposição com diálogo sobre o trabalho de pesquisa.
Quem é Cristina?
Cristina Maria Rosa é pedagoga (UFSM, 1990),
Mestre em Educação (UFSM, 1995), Doutora em Educação
(UFRGS, 2004) e Pós-Doutora em Estudos Literários na
Educação (UFMG, 2011). Atua como docente na
Faculdade de Educação da UFPel desde 1993.