O romance A ideia do amor romântico surgiu na França no começo do
século XII, durante um breve florescimento cultural que
sucedeu a Primeira Cruzada. Diferentemente dos casamen
tos nobres da época, que eram essencialmente contratos
de negócio baseados em conveniências políticas ou finan
ceiras, o amor romântico incluía uma devoção passional do
amante ao amado, embora a aproximação dos enamorados
nem sempre se concretizasse.
Essa nova visão transformou os hábitos sociais das cortes
da Europa ocidental e teve forte influência na ideia moderna
de amor.
Lendas sobre romances foram inicialmente disseminadas por
músicospoetas conhecidos como trovadores, alguns deles profis
sionais, outros amadores pertencentes à
nobreza. Suas composições e interpre
tações exaltavam as alegrias e des
venturas do amor.
Entre os temas da litera
tura que foram retoma
dos nessa época está a
lenda, de origem celta, do
amor entre Tristão e Isolda.
Página do códice Manesse, início
do século XIV. Biblioteca Palatina da
Universidade de Heidelberg, Alemanha.
Imagens de cavaleiros servindo a
damas refinadas, que davam sinais
de afeição a seus pretendentes
ou que cruelmente, por capricho,
mantinham-nos por perto, podem
ser vistas em livros da época. A ilus-
tração deste manuscrito, que reúne
cantigas, mostra um menestrel en-
volvido em torneios sob o olhar en-
corajador de sua amada.
1 Porta-espelho de marfim, com ilustração que pode ser uma representação da cena do jogo de
xadrez que antecede o momento em que os jovens tomam a poção. Paris, 1300, Museu do Louvre.
2 Imagem do filme Tristão e Isolda, 2006, dirigido por Kevin Reynolds.
Nessa história, dois jovens, depois de beber a poção mágica do amor, são tomados por intensa paixão, que os mantém unidos até a morte. O
tema tem atravessado diferentes épocas. Acima (foto 1), um relevo num porta-espelho de marfim possivelmente representa a cena do jogo
de xadrez que antecede o momento em que os jovens tomam a poção. Em 1859, o músico alemão, Richard Wagner compôs uma ópera com
esse título. A versão cinematográfica mais recente da história, dirigida em 2006 por Kevin Reynolds (foto 2), é baseada na ópera de Wagner.
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