mo socioambiental . Na década de 1970, os jovens
perceberam a força de transformação social e políti-
ca da cultura. Os artistas se viram impelidos a lutar
por questões políticas e ambientais. O tema aparece
em vários pontos do capítulo. O ativismo do grupo
francês Grapus é mostrado logo na primeira imagem
com a frase de Bertold Brecht “O prazer que os ho-
mens têm com a arte é o prazer que eles têm com a
vida”. O tema aparece em muitos trabalhos que fi-
guram no capítulo mas, sobretudo, nos trabalhos de
artistas ativistas como a performance de Yoko Ono,
Pedaço para cortar , que lida com o papel da mulher
na sociedade; a performance Eu gosto da América e a América gosta de mim , de Joseph Beuys, que
revela a força cultural das populações indígenas; a
anarquitetura de Gordon Matta-Clark, que aponta
para a lógica perversa da especulação imobiliária.
também são trabalhos políticos os dos brasileiros
Cildo Meireles, inserções em circuitos ideológicos,
em que o artista insere mensagens políticas como
Yanks go home em objetos circulantes do sistema
capitalista como notas de dinheiro e garrafas de re-
frigerante; a arte postal de Paulo Bruscky e a atu-
ação do Ballet Stagium na década de 1970. O boxe
de Temas interdisciplinares Arte e Antropolo- gia – Olhando para nossa terra ,também aborda
este tema ao apresentar a preocupação de artistas
e intelectuais com as populações indígenas no Bra-
sil e a preservação das nossas florestas. No boxe de Teatro no Brasil – O teatro dos anos de chum- bo , o tema é abordado e é dado o exemplo do grupo
Teatro União e Olho Vivo , que vem apresentando
trabalho teatral e promovendo debates em espaços
populares desde a década de 1970. também na se-
ção Pesquisa – dança contemporânea é sugerido
ao professor mostrar algumas performances e con-
versar sobre a força política que estas podem ter. Na
seção Pesquisa 2 – a arte política do corpo, os
alunos são levados a assistir a mais performances e
flash mobs e pensar sobre a arte política do corpo.
leiturA dAs imAgens
Professor, para marcar as características da arte
como forma de protesto, compare quatro trabalhos
apresentados no capítulo nas páginas 344, 346 e 349.
Joseph Beuys, Coyote: I like America and America Like me, 1974.
Performance Alemanha/EUA
Foco na linguagem
Documentação de algo transitório
O artista é a obra
Crítica à sociedade
Chamar a atenção para populações tradicionais e a
natureza
Cindy Sherman, still de filme sem título. 1978.
Fotografia
EUA
Foco na linguagem
Documentação de algo transitório
O artista é a obra
Crítica à cultura
Chamar a atenção para o poder do cinema no
comportamento social
Caroline
T
isdall/Galeria R
ené Bloc
k, No
va
Y
ork, EUA.
Cindy Sherman/Galeria Metro,
No
va Y
ork,
EUA.
Arte_vu_PNLD2015_MP_094a112.indd 97
6/24/13 1:07 PM