Fique atento : Nenhum dos atores envolvidos
deve negligenciar a composição da cena; ela é o foco
do exercício. É importante que o grupo fique volta-
do para a construção coletiva da representação, a
fim de que não sobre espaço para questões como
“qual ator tem mais falas”. Valorize a participação de
todos, mesmo daqueles que não têm nenhuma fala.
O discurso da cena como um todo é o que interessa,
e não a valorização de talentos individuais.
Conversa final Passadas as apresentações, converse com a tur-
ma sobre como foi remodelar a cena para os dias
atuais. Questione, sobretudo, os motivos de cada
releitura. Se uma das cenas foi realizada como se
estivesse em um baile funk, pergunte quais signi-
ficados são construídos com isso, o porquê dessa
escolha. Pergunte quais modificações poderiam
ser realizadas nas cenas que foram apresentadas.
Quais outras possibilidades de montagem aqueles
trechos poderiam ter? quais cenas pareciam mais
potentes? Finalize deixando os últimos minutos de
aula para que cada um registre em seu livro as ex-
periências mais marcantes da atividade.
atividade complementar
..
1. Pesquisa virtual
Não se pode conhecer um artista por uma única obra!
a) Volte a observar cada uma das obras reproduzidas neste capítulo e escolha a que mais
chamou sua atenção, a de que você mais gostou.
b) Procure na internet outras obras do mesmo artista. Grave em seu arquivo de imagens
pelo menos mais três trabalhos que lhe pareceram interessantes. Anote o título, a
data, a técnica e o museu ou local em que a obra se encontra hoje.
texto complementar
..
a Técnica da pinTura a óleo
O esforço em representar a realidade em seus míni-
mos detalhes levou os irmãos Jan e Hubert van Eyck
à invenção da tinta a óleo. Nessa época, as tintas
eram preparadas pelos próprios artistas, que tritu-
ravam pigmentos até virarem pó. Para dar-lhes con-
sistência de pasta, adicionavam ao pigmento pulve-
rizado gema de ovo, obtendo assim a tinta chamada
têmpera. Essa mistura secava muito depressa, obri-
gando o artista a ser ágil na execução da pintura.
Interessados em reproduzir nuances e transições
suaves entre as áreas de luz e sombra, os irmãos
Van Eyck passaram a misturar óleo ao pigmento.
Isso lhes permitia trabalhar sem pressa, aplicar ca-
madas de tinta mais transparentes, criar detalhes
em relevo com tinta mais pastosa e, enfim, repro-
duzir minúcias como a pelagem de um animal e os
reflexos de luz na superfície de objetos metálicos.
O Retrato do casal Arnolfini reproduzido abaixo, 1425,
que se encontra na National Gallery, em Londres, rea-
lizado por Jan van Eyck, representa um comercian-
te italiano, Giovanni
Arnolfini, e sua noiva.
Pode ser um registro
do casamento, em que
o próprio pintor foi tes-
temunha. (Em posição
de destaque, consta a
frase: “Jan van Eyck es-
teve aqui”.) Os objetos
foram representados
em vívidos detalhes. Na
parede do fundo, Jan
van Eyck colocou um
espelho convexo e nele
pintou uma imagem
curva refletida.
Reprodução/Galeria Nacional, Londres, Inglaterra.
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sugesTões de leiTura
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte italiana. De
Giotto a Leonardo. São Paulo: CosacNaify, 2003. v. 2.
. História da arte italiana. De Leonardo ao Futu-
rismo. São Paulo: CosacNaify, 2003. v. 3.
BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São
Paulo: Perspectiva, 2000.
BURNS, Edward McNall. História da civilização oci-