15 – Realismo e a fotografia ? Será que mesmo
a fotografia, neste caso, não foi capaz de nos di-
zer algo verdadeiro a respeito dos indígenas bra-
sileiros? As mesmas perguntas, mais uma vez,
podem ser feitas para a representação de Vicente
do Rego Monteiro, no capítulo 18, O atirador de arco , na página 243. O que pode ser dito a respeito
desta posição em que o indígena foi representa-
do no modernismo? Mais adiante no capítulo 24 – Arte e conceito , vamos novamente nos depa-
rar com um indígena fotografado por Maureen
Bisilliat, e podemos indagar mais uma vez o que
essa fotografia pode nos dizer sobre todas as di-
ferentes etnias indígenas que vivem no Brasil. Um
trabalho de leitura de imagens, sobre a representa-
ção do indígena, pode ser encerrado com um vídeo
realizado pelo grupo indígena Krahô, no Projeto
Vídeo nas Aldeias, que está indicado na pesquisa
do capítulo 10, página 132.
Muitos outros percursos, como este, podem ser
propostos pelo professor.
Nestas discussões, professores de outras discipli-
nas podem ser convidados a dialogar com os alunos,
trazendo também suas visões especializadas para
essa leitura da representação visual. O educando
também precisa ser ouvido, pois o olhar do outro
sempre ilumina aspectos diferentes de uma obra.
Pesquisa: um espaço aberto para a
cultura digital
O impacto das novas tecnologias sobre todos os níveis
da nossa experiência foi rápido e inegavelmente trans-
formador. Entretanto, uma discussão mais aprofundada
ainda não produziu a massa crítica necessária corres-
pondente à força desse impacto. Acho que junto com a
cultura digital, a segunda grande novidade que vai mar-
car a cultura e as artes do século XXI é a cultura da perife-
ria que traz uma forte interpelação às formas autônomas
da cultura moderna de elite e que propõe novas funções
sociais transformadoras para o fazer artístico.
Buarque de Holanda, Heloísa. entrevista disponível em: org.br/noticias/oi-futuro-entrevista-heloisa-buarque-de-hollanda/>.
acesso em: 30 maio 2013.
A velocidade de transformação dos sujeitos ex-
postos à deriva digital qualificada deve contribuir
no futuro próximo com um incremento qualitativo
nos processos de ensino e aprendizagem. Nesse
sentido, na segunda etapa do método, na seção
Pesquisa , o aluno é convidado a explorar sites,
textos, vídeos, filmes, músicas, entre outras refe-
rências que poderão estabelecer um contato mais
direto com as artes, promovendo uma relação não
intermediada pelo texto, ou pelo professor, com a
obra de arte.
A seleção de endereços e buscas oferecidos nes-
ta seção pretende colocar o educando em contato
direto com informações valiosas. Por exemplo,
no Capítulo 17 – Arte Nova, em que a Pesqui