| CApÍtulo 2 | MESopotÂMIA |
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Entre outras construções notáveis da cidade figuravam os fa-
mosos “jardins suspensos”, espécie de patamares irrigados cons-
truídos acima do rio Eufrates, que foram
considerados pelos gre-
gos como uma das sete maravilhas da
Antiguidade. Babilônia tornou-se uma
cidade mítica, cenário de muitas len-
das e também de relatos bíblicos. Com
a ausência de restos arqueológicos im-
portantes, nem todas as histórias sobre
suas esplêndidas riquezas e construções
puderam ser comprovadas, mas elemen-
tos como a lendária torre de Babel – um
imenso zigurate,
possivelmente de mais
de 90 metros de altura – foram imagina-
dos em muitas pinturas e textos.
Historical
Picture Arc
hi
ve/Corbis/Latinstoc
k
Torre de Babel, pintura de Pieter Bruegel, o
Velho, 1563. Museu Boijmans-van Beuningen,
Roterdã, Holanda.
Vista da cidade de Babilônia, de Johann Bernhard Fischer von Erlach, 1721. Escola Nacional de Belas Artes, Paris.
Essas duas representações mostram como os artistas do século XVI e XVIII imaginavam a cidade. A Torre
de Babel foi representada
pelo flamengo Pieter Bruegel (1525-1569) como um símbolo da conquista do homem sobre as forças da natureza. Para realizar sua
gravura, o arquiteto austríaco Fischer von Erlach (1656-1723) pode ter se baseado na descrição feita por Heródoto, historiador grego
da Antiguidade.
R
eprodução/Museu Boijmans-van Beuningen, R
oterdã, Holanda.
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Os persas
O último grande império
que dominou a região foi o dos
persas. Por volta de 500 a.C., o
Imperador Dario I havia con-
quistado
quase todo o Oriente
Próximo, além de algumas re-
giões do mar Egeu, como ilhas
gregas e o território da atual
Turquia.
Dario I dividiu seu império
em vinte regiões pagadoras de
tributos, mas manteve governa-
dores originários
desses locais,
o que garantiu a tolerância a
religiões e costumes nativos.
Instituiu um sistema monetário
unificado, cunhando moedas
que serviam também como pro-
paganda, pois exibiam retratos
em alto relevo do imperador,
tornando-o conhecido em todo
o reino. Dario I construiu uma
cidade
fortificada que ficou
conhecida pelo nome grego de
Persépolis, localizada no atual
Irã.
O palácio ficava em um com-
plexo elevado ao qual se chega-
va por uma larga rampa. Em seu
interior, dois grandes salões
de audiência permitiam reunir
milhares
de pessoas em recep-
ções públicas. O maior dos sa-
lões, construído por Xerxes I,
filho de Dario, era sustentado
por cem colunas.
Palácio de Dario e Xerxes I em Persépolis,
cerca de 500 a.C., no atual Irã.
As paredes desse palácio eram orna-
mentadas com relevos mostrando o
poderio e a prosperidade do Império
Persa. Nesta composição, um leão
ataca um boi.
A expressividade dos
animais representados sugere que os
persas tenham trazido artistas gre-
gos para os trabalhos de decoração
do palácio. (A arte grega será apre-
sentada no Capítulo 6.)
Vista geral das ruínas de Persépolis, cerca de 500 a.C., no atual Irã.
Este complexo de ruínas é o conjunto mais bem preservado das grandes cidades da
antiguidade do Oriente Próximo. O imperador mandou trazer trabalhadores, materiais
e artistas de todo o império para a construção dessa capital. Por isso,
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