feito à luz de velas e o minério de ferro era retirado em cestas puxadas por
Deu-se o início a utilização de estruturas metálicas na construção civil, a
primeira obra realizada foi a Ponte “Ironbridge” na Inglaterra no ano de 1779.
A fronteira entre o ferro e o aço foi definida na Revolução Industrial, com a invenção
propriedades como resistência ao desgaste, ao impacto, à corrosão, etc. Por causa dessas
propriedades e do seu baixo custo o aço passou a representar cerca de 90 % de todos os metais
consumidos pela civilização industrial (INSTITUTO AÇO BRASIL, 2011 apud FELÍCIO,
No atual estágio de desenvolvimento da sociedade, é impossível imaginar o mundo
sem o uso do aço. A produção de aço é um forte indicador do estágio de desenvolvimento
econômico de um país. Seu consumo cresce proporcionalmente à construção de edifícios,
execução de obras públicas, instalação de meios de comunicação e produção de
equipamentos. Esses materiais já se tornaram corriqueiros no cotidiano, mas fabricá-los exige
5
técnica que deve ser renovada de forma cíclica, por isso o investimento constante das
siderúrgicas em pesquisa. O início e o processo de aperfeiçoamento do uso do ferro
representaram grandes desafios e conquistas para a humanidade (INSTITUTO AÇO BRASIL,
2011 apud FELÍCIO, 2012).
Atualmente, a China é o maior produtor mundial de aço, com 48,5% da produção
global; a produção chinesa é quase 7 vezes maior que a do Japão, segundo maior produtor
mundial (SICETEL, 2014).
2.2 BREVE HISTÓRICO DO AÇO NO BRASIL
Com a criação da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, na década de 1920, a
indústria siderúrgica brasileira começa efetivamente a ganhar escala, mas até a inauguração da
Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, em 1941, a produção de aço no Brasil ainda é
bastante restrita (PALATNIK, 2011).
A criação da Fábrica de Estruturas Metálicas - FEM, em 1953, pertencente à CSN, e
que foi muito ativa na década de 1960 e 70, contribuiu para a difusão da tecnologia da
construção em aço no Brasil, tendo construído importantes edifícios de andares múltiplos em
estrutura metálica, tais como: o Edifício Avenida Central, em 1957, de Henrique Mindlin, o
Edifício Montepio dos Empregados do Estado e o Edifício Garagem da nova sede do Jockey
Club, de Lucio Costa, no Rio de Janeiro. E ainda, o Brasília Palace Hotel, em 1958, e o
Palácio do Desenvolvimento, em 1973, ambos de Oscar Niemeyer, em Brasília (DIAS, 1999).
Até a metade da década de 60, quase toda a produção siderúrgica nacional era
consumida internamente, especialmente pela quantidade de obras do governo em andamento.
Foi, nesse período, que o parque industrial brasileiro mais se expandiu. Essa expansão foi
suficiente para que, em 1966, o Brasil fosse considerado o maior produtor de aço da América
Latina. A implantação do I Plano Siderúrgico Nacional, em 1969, fez a siderurgia evoluir
ainda mais, através de empreendimentos de origem estatal e privada
3
.
O estabelecimento definitivo da indústria brasileira de base se dá, a partir da década de
70, a partir do crescimento da demanda de aços planos. É criada, então, pelo governo
federal, em 1973, a Siderurgia Brasileira S.A. (Siderbrás), empresa holding estatal,
integrando a Aços Finos Piratini (AFP), a Companhia Ferro e Aço de Vitória (Cofavi),
a Companhia Siderúrgica de Mogi das Cruzes (Cosim), a Companhia Siderúrgica Nacional
3
Disponível em: http://www.abmbrasil.com.br/quem-somos/historico/os-anos-50/. Acesso em: 30 nov. 2015.
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(CSN), a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), a Companhia Siderúrgica de Tubarão
(CST), a Usina Siderúrgica da Bahia - Usiba, uma empresa coligada, a Mendes Júnior
- SMJ, e a Aço Minas Gerais (Açominas), construída exclusivamente com tecnologia
nacional
4
.
A privatização do setor siderúrgico brasileiro, a partir da década de 1990, ocasionou
uma modernização do setor, um forte crescimento e a diversificação da produção. O Brasil
possui atualmente uma significativa indústria de insumos de aço para a construção civil. Mas
somente em 2008, o setor da construção civil tornou-se o maior consumidor de produtos
siderúrgicos, com 30% de participação do consumo total (PALATNIK, 2011).
Entretanto, devido ao lento desenvolvimento do uso do aço na indústria da construção
civil ocorrido no Brasil nos últimos cinquenta anos, as construções em aço não alcançam 5%
do total, segundo o CBCA, mas há um grande potencial de crescimento face às necessidades
de ampliação da infraestrutura brasileira e de redução do déficit habitacional (PALATNIK,
2011).
Com relação à produção nacional de aço, na última década a produção brasileira ficou
estagnada entre 33 e 35 milhões de toneladas/ano e a participação do Brasil na produção
mundial de aço bruto caiu de 3% para 2,1% (SICETEL, 2014).
A Figura 1 mostra uma relação dos principais países produtores de aço no mundo.
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