APROFUNDANDO O TEMA
acontecem no próprio âmbito da instituição, como a mudança de turno e
de professores, que por sua vez promovem a alteração da rotina escolar
já estabelecida.
Desse modo, a inserção constitui-se como um momento de aprendiza-
gem propício às novas experiências necessárias ao desenvolvimento hu-
mano. Logo, não pode ser encarada apenas como um período onde as
crianças precisam se adaptar à nova rotina, mas um momento onde pos-
sam se perceber como sujeitos históricos e culturais, conhecendo a si e
aos outros, interagindo com diferentes parceiros.
O período de inserção provoca uma série de mudanças e mobilizações
na Instituição de Educação Infantil, seja no espaço físico, na rotina ou
nas relações entre as pessoas. Por isso, deve ser cuidadosamente plane-
jado para promover a confiança e o conhecimento mútuos, favorecendo
o estabelecimento de vínculos entre as crianças, as famílias e os educa-
dores, o que pode durar dias ou meses. E nesse sentido, o acompanha-
mento cotidianamente precisa assegurar a continuidade dos processos
vivenciados pelas crianças nas instituições de Educação Infantil.
No que se refere à transição para o Ensino Fundamental, as DCNEI (BRASIL,
2009a), preveem a garantia do contínuo processo de aprendizagem e de-
senvolvimento das crianças, respeitando suas especificidades etárias, sem
antecipação de conteúdos que serão trabalhados na etapa subsequente.
É importante, então, destacar o respeito às singularidades da criança, às
suas especificidades etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, suas neces-
sidades e potencialidades, seus tempos e modos de viver e relacionar-se
com o mundo, reconhecendo a brincadeira como um desses modos.
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AVALIAÇÃO E TRANSIÇÕES
Inserção da Criança
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