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DIREITOS
E OBJETIVOS
PARTICIPAR
de rodas de conversa, de relatos de experiências, de conta-
ção e leitura de histórias e poesias, de construção de narrativas, da ela-
boração, descrição e representação de papéis no faz de conta, da explo-
ração de materiais impressos e de variedades linguísticas, construindo
diversas formas de organizar o pensamento.
EXPLORAR
gestos, expressões, sons da língua, rimas, imagens, textos es-
critos, além dos sentidos das palavras, nas poesias, parlendas, canções
e nos enredos de histórias, apropriando-se desses elementos para criar
novas falas, enredos, histórias e escritas convencionais ou não.
EXPRESSAR
sentimentos, ideias, percepções, desejos, necessidades, pon-
tos
de vista, informações, dúvidas
e descobertas, utilizando múltiplas
linguagens, considerando o que é comunicado pelos colegas e adultos.
CONHECER-SE
e reconhecer suas preferências por pessoas, brincadeiras,
lugares, histórias, autores, gêneros linguísticos, e seu interesse em pro-
duzir com a linguagem verbal.
(BRASIL, 2018)
A comunicação é um processo que ocorre com a criança por meio dos
diversos modos e linguagens (movimento, olhar, postura, sorriso, choro,
dentre outros) e é participando de eventos comunicativos desde que nas-
ce, no contato com o adulto, que a criança escuta e experimenta ações e
reações. A partir dos sentidos dados pelos outros, nas situações de intera-
ção, ela tenta, aos poucos, compreender o mundo que lhe é apresentado.
A linguagem verbal, portanto, associada a outras linguagens, vai repre-
sentando, à medida que a criança cresce, a maneira encontrada para
interagir com os adultos, com outras crianças e com o meio físico que
lhe cerca. Na Educação
Infantil, essa articulação
continua a ocorrer
de forma contextualizada e sistematizada, através das práticas sociais
que fazem parte do universo cultural vivenciado pela criança,
sendo
a aprendizagem da língua materna, progressivamente
ampliada com
a apropriação do vocabulário. Para tanto, experiências necessitam ser
planejadas com vistas à participação na cultura humana, ou seja, nas
práticas sociais. Logo, é preciso inserir a criança enquanto protagonista
de seu processo educativo, seja verbalizando suas opiniões, ou ainda,
escutando histórias, envolvendo-se em situações de diálogos, de des-
crições, de narrativas produzidas por elas ou com seus pares, experien-
ciando múltiplas formas de linguagem.