inquietação de formular a pergunta impensada: por que os Criadores oniscientes permitem o
mal e o pecado? Não compreendem que, se a criatura deve ser verdadeiramente livre, ambos
tornam-se inevitáveis. O livre-arbítrio do homem que evolui, e o do anjo extraordinário, não
são mero conceito filosófico, ideais simbólicos. A capacidade do homem de escolher entre o
bem e o mal é uma realidade do universo. Essa liberdade, de escolher por si próprio, é um
dom dado pelos Governantes Supremos; e eles não permitirão a qualquer ser, ou grupo de
seres, privar sequer uma personalidade, em todo o amplo universo, dessa liberdade
divinamente outorgada — e, menos ainda, para satisfazer os seres transviados e ignorantes no
desfrute de algo erroneamente considerado como liberdade pessoal.
(615.4)
54:3.2
Embora a identificação consciente e deliberada com o mal (o pecado) seja o
equivalente à não-existência (o aniquilamento), deve haver sempre um intervalo de tempo
entre o momento dessa identificação pessoal com o pecado e a execução da pena — o
resultado automático do abraçar voluntário do mal — ; um intervalo de tempo que seja
suficiente para permitir que o juízo feito do status do indivíduo, no universo, demonstre ser
inteiramente satisfatório a todas as personalidades a ele relacionadas, no universo; e que seja
tão equânime e justo a ponto de chegar a receber a aprovação do próprio pecador.
(615.5)
54:3.3
Mas, caso esse ser do universo, que se rebelou contra a realidade da verdade e da
bondade, recusar-se a aprovar o veredicto e, se tal culpado conhecer, no seu coração, a justiça
da sua condenação, mas se recusar a confessar esse fato, então a execução da sentença deverá
ser retardada de acordo com a decisão conveniente dos Anciães dos Dias. E os Anciães dos
Dias negam-se a aniquilar qualquer ser antes que todos os valores morais e todas as
realidades espirituais sejam extintas, tanto no pecador, quanto em todos aqueles que o apóiam
e ou possíveis simpatizantes.
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