(614.6)
54:2.1
Com o Filho e no Espírito, Deus projetou a eterna Havona e, desde então, ali
prevaleceu o arquétipo eterno da participação coordenada na criação — o compartilhamento.
Esse modelo de compartir é o projeto mestre para cada um dos Filhos e Filhas de Deus, os
quais saem para o espaço com o fito de engajar-se na tentativa de duplicar, no tempo, o
Universo Central de perfeição eterna.
(614.7)
54:2.2
Todas as criaturas que aspiram a cumprir a vontade do Pai, em todos os universos
em evolução, estão destinadas a tornar-se parceiras dos Criadores tempo-espaciais, nessa
magnífica aventura de tentar alcançar a perfeição experiencial. Se isso não fosse uma verdade,
o Pai não haveria dotado tais criaturas de um livre-arbítrio criativo nem residiria nelas,
formando junto com elas, na verdade, uma sociedade na qual Ele se faz presente por
intermédio do Seu próprio espírito.
(614.8)
54:2.3
A loucura de Lúcifer foi tentar fazer o não-factível: abreviar o tempo, por um
atalho, em um universo experiencial. O crime de Lúcifer foi a tentativa de privar todas as
personalidades de Satânia da própria liberdade criativa, de reduzir indevidamente a
participação pessoal da criatura — o livre-arbítrio de poder participar — na longa luta
evolucionária para alcançar o status de luz e vida, tanto individual quanto coletivamente. Ao
fazer isso, aquele que certa vez foi o Soberano do vosso sistema colocou o propósito temporal
da sua própria vontade em oposição direta ao propósito eterno da vontade de Deus, tal como é
revelada na outorga do livre-arbítrio a todas as criaturas pessoais. A rebelião de Lúcifer,
assim, ameaçou infringir, ao máximo possível, a faculdade da escolha livre dos ascendentes e
servidores do sistema de Satânia — uma ameaça de privar para sempre cada um desses seres
da experiência apaixonante de contribuir com algo de pessoal e único para o soerguimento
vagaroso do monumento da sabedoria experiencial, que existirá, algum dia, como sendo o
sistema de Satânia perfeccionado. Assim pois, o manifesto de Lúcifer, mascarado e revestido
pelos trajes de uma liberdade, destaca-se, à luz clara da razão, como ameaça monumental a
consumar o roubo da liberdade pessoal e a fazê-lo numa escala só alcançada, em toda a
história de Nébadon, por duas vezes.
(615.1)
54:2.4
Em resumo, o que Deus dera aos homens e anjos, Lúcifer lhes queria tirar; isto é, o
privilégio divino de participar na criação dos seus próprios destinos e do destino deste
sistema local de mundos habitados.
(615.2)
54:2.5
Nenhum ser, em todo o universo, possui liberdade, por direito, de privar qualquer
outro ser da verdadeira liberdade, do direito de amar e ser amado, do privilégio de adorar a
Deus e servir aos seus semelhantes.
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