A época da vida da rainha Nzinga foi extremamente conturbada, marcou o início do comércio afro-atlântico, na região da África Central Ocidental. O percurso, da rainha estrategista no mundo atlântico, não é menos conturbado, com atuação ambígua e difusa. A sua luta por manutenção da autonomia de seu reino e por posições melhores nas redes mercantis locais, foram obstáculos sérios as políticas portuguesas nesta região.
A personagem da rainha foi descrita em período de aberto conflito, durante o qual os interesses europeus estavam em luta entre eles e contra os povos da região. O protagonismo dessa figura feminina serve para enquadrar melhor as relações entre os dois universos, africano e europeu.