Nº 24 Octubre 2011
Página 302
medulares, bem como, a reabilitação dessas pessoas em todo seu contexto clínico e social
(6)
.
Em 1920 com a Reforma Sanitária foi criado o primeiro modelo da enfermagem em Saúde
Pública, com objetivo das enfermeiras realizarem visitas domiciliares e educativas
(31)
.
Durante a II Guerra Mundial, surge no Brasil a Força Expedicionária Brasileira (FEB), esta
força contava em sua formação com o Batalhão da Saúde, composto por 186 profissionais,
dentre eles, 67 enfermeiras pioneiras do exército, com o objetivo e servir o exército de forma
a cuidar dos brasileiros feridos na guerra
(29)
.
Em 1980 houve a preocupação de delimitar o serviço desenvolvido pelo enfermeiro dentro
de um Centro de Reabilitação. Foi encaminhada uma proposta ao Ministério do Trabalho, de
modo a divulgar as atividades desenvolvidas por este profissional, definida como
Classificação Brasileira de Ocupação das atividades do(a) Enfermeiro(a) de reabilitação,
porém nessa década poucos eram serviços existentes no Brasil para a reabilitação dos
deficiente físicos e raros aqueles que empregavam o profissional enfermeiro na sua equipe
(32)
.
Organizações Internacionais desde a década de 80 estimulam a formação e
desenvolvimento de profissionais capacitados para o atendimento de pessoas portadoras de
deficiência, para que essas pessoas possam integrar a comunidade de forma produtiva,
marcando com isso o despontar da reabilitação no Brasil com o enfoque no homem total e
para esse objetivo ser atendido, se faz necessário o profissional da enfermagem dentro da
equipe de reabilitação, com sua atuação na área do autocuidado e educação para a saúde
(32,33,34,35)
.
O processo assistencial do paciente em reabilitação em toda a História, desde a fase
aguda, mostra a necessidade de trabalho em equipe interdisciplinar e transdisciplinar e a
importância do profissional da enfermagem como parte integrante dela
(22,26,30,36)
.
É notável, ao longo dos últimos 30 anos, a expressão do enfermeiro na reabilitação de
crianças, adultos e idosos com incapacidades e deficiências, além de doenças crônicas. A
investigação no cenário nacional, sobretudo na região sudeste do Brasil, impulsionou a
formação de conhecimentos próprios para o enfermeiro reabilitador, já desenvolvida na
prática clínica deste especialista
(22,26,36,37)
.
Vale registrar que em 2002, na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, foi
oferecido o I Curso de Especialização de Enfermagem em Reabilitação, com a formação de
15 enfermeiros especialistas na cidade de São Paulo, se configurando como o primeiro
curso de especialização no Brasil em universidade pública. Desde 1994 , a ex Divisão de
Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, na sua Divisão de enfermagem oferece o Curso de
Aprimoramento em Enfermagem em Reabilitação
(22,37)
.
Barrel mostra a necessidade do profissional enfermeiro na reabilitação de pacientes com
incapacidades neurológicas e neurocirúrgicas
(38)
.
É desta forma que a enfermagem começa a ter seu papel melhor definido nesse contexto,
mostrando sua importância junto a esses serviços e processos de reabilitação.
Compartilhe com seus amigos: |