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precisa estar preparado para selecionar os indivíduos superiores para a reprodução, ou seja,
aqueles que apresentam elevada relação entre a conformação e o desempenho dinâmico
desejado. Geralmente, cavalos de melhor conformação apresentam maior longevidade,
suportando com maior facilidade o estresse fisiológico resultante dos esforços físicos.
Indiscutivelmente, o ponto mais crítico desta seleção é aquele representado pelas
compensações dos defeitos, por uma ou mais qualidades (Jones, 1987).
Segundo Jones (1987), estudos sobre “forma prediz função” têm mostrado
convincentemente que a maioria das características físicas, desde a posição do olho até a
forma do dorso, são instrumentos importantes na determinação de como um cavalo se
move e atua. Portanto, a morfologia do corpo é fundamental na execução e qualidade dos
movimentos, interrelacionando-se com a aptidão do animal. O padrão racial codifica as
qualidades morfozootécnicas que visam equilibrar, compensar e harmonizar as partes, bem
como atingir, dentro da prática zootécnica de seleção, a qualidade funcional (Nascimento,
1999).
Na avaliação do exterior dos equinos deve-se considerar também a existência de
compensações. Já que a perfeição física é praticamente impossível, regiões do corpo que
apresentam defeitos podem ser compensadas por qualidades em regiões próximas. As
compensações, situadas na mesma região defeituosa, podem corrigir completamente o
defeito. Quando situadas nas regiões limítrofes podem atenuar consideravelmente os
defeitos, mas quando aparecem em regiões afastadas podem apenas não os agravar (Cid,
1999).
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