Examinando
pacientes - A ANAMNESE
Ivan da Costa Barros
-2004-
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15/04/04
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A HISTÓRIA CLÍNICA
Prof. Ivan da Costa Barros
“’ Não sou nada, nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
A parte isso, tenho em mim todos os sonhos do Mundo ‘”
“ Álvaro de Campos (F. Pessoa ) ”
- INTRODUÇÃO:
∗
A ANAMNESE
ALGUNS ASPECTOS HISTÓRICOS
O interrogatório de pacientes (anamnese) é um método adotado desde a Grécia
Clássica; tal prática já visava naquela ocasião, aliviar o sofrimento das pessoas enfermas.
Mas, foi apenas no último século, que a anamnese e o exame físico, nos moldes
que conhecemos, foram recomendados com interesse diagnóstico. Embora os termos “ sinal /
sintoma ” também sejam conhecidos dos médicos desde a Antigüidade, foi somente no século
XIX, que tornou-se claro o seu caráter respectivamente, objetivo e subjetivo.
Até esta ocasião os diagnósticos eram completamente empíricos e baseados nas
crenças gregas de que toda doença era um simples desequilíbrio entre os quatro humores (bile
amarela, bile negra, sangue e fleuma ).
No tempo de Hipócrates (460-375 a. C) a inspeção e a palpação dos pacientes,
entretanto, já faziam parte do exame dos doentes. Com estas técnicas de exame os gregos
antigos descreveram pacientes com icterícia, relacionaram-na com o aumento do fígado que
em geral, se apresentava duro e irregular. Foi Hipócrates quem estudou as febres
reconhecendo-a como sinal de doença.
Vários fatos marcantes contribuíram para o avanço da medicina; destacamos entre
eles: Herophilus da Alexandria (335-280 a. C) no Século IV propõe um método de medir a
freqüência do pulso. Sanctorius (1561-1636) passa a contá-lo, utilizando um relógio.
Entretanto foi Galeno de Pergamum (130-200 d. C) quem, na época, estabeleceu a
importância desta medida anormal, como um importante sinal de doença. No Século XVIII,
passou-se a valorizar sua variação, que era atribuída, erroneamente, a algum tipo de
“desarmonia “ corporal.
Examinando pacientes - A ANAMNESE
Ivan da Costa Barros
-2004-