Em 1937, o Edifício Sede da Comissão de Saneamento, localizado no bairro da Ribeira, projetado
Em Natal, vários edifícios públicos apresentando linhas modernas, surgem no referido bairro.
Novas obras são inseridas na produção moderna local, porém observa-se um período de reduzida
produção dessa arquitetura dos anos 1940 até o início dos anos 1950 (MELO 2004). Temos o
Edifício Café Filho ou do IPASE (1955), de Raphael Galvão Júnior; o antigo Terminal Rodoviário
da Ribeira (1956), de Raymundo Costa Gomes; o Cine Nordeste (1958) (Fig.7) e a sede do ABC
Sargentos do Exército de Natal (1963) de Raymundo Costa Gomes; a sede da AABB (1964), de
Moacyr Gomes da Costa. Seguidos por obras dos engenheiros Munir Aby Faraj e Ary Guerra de
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Lima; do desenhista Arialdo Pinho; ou de arquitetos formados no Recife, caso de José Maria
dos Santos Fonseca, Manoel Coelho e dos já citados Raymundo Costa Gomes e Moacyr Gomes
da Costa, formados no Rio de Janeiro.
Fig. 7: Cine Nordeste. Natal/RN
Projeto e mural de Agnaldo Muniz.
Fonte: Fonte: http://www.natal.rn.gov.br
Fig. 8: Galeria do Povo.
Mural de Newton Navarro. 1963.
Fonte: Fonte: http://www.natal.rn.gov.br
Durante os anos 1950 e 1960, outros profissionais vieram somar sua atuação à arquitetura que já
tinha seu lugar de destaque no cenário local: Ubirajara Galvão que estudou no Rio de Janeiro,
João Maurício de Miranda e Daniel Hollanda, formados no Recife, que fundaram o escritório
Planejamento Geral de Arquitetura Ltda. (PLANARQ), responsável por importantes obras desse
período.
Para MELO (2004), pesquisadora da arquitetura moderna em Natal, a produção arquitetônica da
década de 1950 representa o momento de consolidação e maior domínio sobre as possibilidades
do léxico formal e da técnica construtiva moderna; a autora afirma ainda: “A década de 60 surge
como o período de melhor domínio, por parte dos projetistas, sobre o legado modernista, [...]”.
Dessa forma, e através das obras citadas, a arquitetura moderna se instalou na cidade, tendo a
produção arquitetônica local se apropriado do ideário modernista e difundindo o projeto moderno
em Natal.
Também nos anos 1950, no Rio Grande do Norte, especialmente na cidade de Natal, a arte
moderna é introduzida através da “Exposição Coletiva de Arte Moderna”, que ocupou o Salão da
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Cruz Vermelha, situado na Rua João Pessoa, Centro de Natal. Os principais artistas desse
novo momento nas artes potiguares
foram Newton Navarro, Dorian Gray Caldas e Ivon Rodrigues,
que expressaram em seus trabalhos as novas feições da arte e uniram sua produção artística à
produção arquitetônica do período.
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