RECORDAÇÃO PUNGENTE
Não sei se foi a culpa minha ou tua,
Ou, talvez, tenha sido do destino.
Sinto é que assim tão breve se destrua
Todo o nosso romance de menino.
Recordemos: a aldeia, a igreja, o sino,
Dias cheios de sol, noites de lua.
E os brinquedos, a escola com seu hino,
O pomar, as lavouras, a charrua...
Recordemos. . . Oh! não, que o peito estala;
Tanto dói no meu íntimo a saudade
Que é melhor, por favor, não provocá-la.
Tentarei te esquecer nos sonhos meus;
Entanto, faz-me a grande caridade
De me trazer teu derradeiro adeus.
Compartilhe com seus amigos: |