Abre-te, Sésamo!
Lino Vitti
- 132 -
AS S ALTO
No cume de meu
Sonho edifiquei,
Todo de ouro a fulgir,
imenso e belo,
Elegendo-me o só vassalo e rei -
Deslumbrante e magnífico castelo.
Nele, feliz vivi; feliz sonhei!
M as, um dia, raivoso me rebelo
E o que com tanto
amor edifiquei
Rasgo e derrubo, a golpes de martelo.
E qual teria sido a razão toda
Daquela destruição bárbara e douda
Que o meu castelo assim pôs aos montões?
Pudera! Nos seus paços obumbrantes
Já se viam estranhas habitantes -
Era um covil medonho de Ilusões.
Abre-te, Sésamo!
Lino Vitti
- 133 -
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