A estrutura da bolha de sabão - A estrutura da bolha de sabão - Neste conto, que dá título à obra, Lygia cria um narrador em primeira pessoa: uma mulher que encontra sua antiga paixão com a atual esposa num bar. Sente ciúme e testa a incomunicabilidade entre os seres, a aprendizagem dos sentimentos: uma delicada teia de relacionamentos. Ele é físico e estuda a estrutura da bolha de sabão (sólida / líquida / gasosa): híbrida. Ele, ela percebe aos poucos, está com uma doença terminal. Ela pensa na própria infância, revê sua vida em labirinto: “No escuro eu sentia essa paixão contornando sutilíssima meu corpo”. Lygia é dona de uma sintaxe especial, particular. Pratica o intimismo com maestria. Sua poesia narrativa é uma espécie de ritual sem sangue, sem grito: “Amor de transparência e lembranças condenado à ruptura”.
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