O diálogo entre os irmãos transcorre normalmente, com a evocação das qualidades de Eduardo por parte do narrador. Pela forma como Eduardo é apresentado, percebe-se que existe um engajamento afetivo do narrador em relação a essa personagem e que, aparentemente, o narrador procura fazer com que o leitor sinta simpatia por Eduardo. Entretanto, a partir do trecho citado a seguir, o drama de Rodolfo passa a ser apresentado para o leitor: “Respirei de boca aberta agora que ele não me via, agora que eu podia amarfanhar a cara como ele amarfanhara o papel. Esfreguei nela o lenço, até quando, até quando?!... E me trazia a infância, será que ele não vê que para mim foi só sofrimento? Por que não me deixa em paz, por quê? Por que tem que vir aqui e ficar me espetando, não quero lembrar nada, não quero saber de nada!..”