- Ao pensar no futuro de Gisela, o narrador prevê que a situação pela qual ele, Manuel, passou, ao ser apresentado à família de Fernanda, irá se repetir, um dia:
- “Era o círculo eterno sem começo nem fim. (...) A perplexidade do moço diante de certas considerações tão ingênuas, a mesma perplexidade que um dia senti. Depois, com o passar do tempo, a metamorfose na maquinazinha social azeitada pelo hábito: hábito de rir sem vontade, de chorar sem vontade, de falar sem vontade, de fazer amor sem vontade... O homem adaptável, ideal. Quanto mais for se apoltronando, mais há de convir aos outros, tão cômodo, tão portátil.”(Telles, 1982, p. 99)
- O mundo de Fernanda e do senador era belo, mas irreal. Manuel sabe que não faz parte daquele mundo, que se quiser continuar a ser como é deve permanecer do lado de fora, contentando-se a apenas admirá-lo.
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