Manual da Univates para trabalhos acadêmicos
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Beatris Francisca Chemin
a3) Mais um exemplo de resumo informativo
10
:
b)
resumo indicativo: indica somente os pontos principais do texto, sem
apresentar dados qualitativos, quantitativos ou outros. De modo geral, esse tipo de
resumo não dispensa a consulta ao texto original.
Assim, os exemplos dos resumos informativos anteriores podem ser resumidos
desta forma:
b1)
Há mulheres que param de fumar durante a gestação, mas retomam o
hábito depois do parto. A pesquisa testou programa para a prevenção do fumo nesse
período, por meio de ensaio clínico aleatório, realizado com grupos de tratamento e
de controle. Um programa de intervenções para o abandono do tabagismo no período
pré e pós-parto é fundamental para aumentar a abstinência a longo prazo.
b2)
A revisão sistemática da literatura indexada sobre os ganhos do uso do
computador no Ensino Fundamental e Médio indica que essa crença carece de
evidências experimentais. Problemas metodológicos nos resumos e resultados mais
otimistas do que efetivos para esse uso são apontados na metanálise.
b3)
O estudo linguístico, focalizando o que é mentado, relaciona-se com
a Psicologia. Ambas, porém, não se confundem, porque a Linguística estuda os
processos de linguagem (representação e comunicação intelectiva), servindo-se de
técnicas próprias.
c)
resumo crítico: possui finalidade interpretativa. Nele aparecem comentários,
juízos de valor do resumidor, sendo também chamado de resenha crítica ou recensão,
conforme o maior ou menor grau de juízo crítico. Ver exemplos no item Resenha
crítica – 1.1.2.
Ao fazer um resumo, você deverá observar qual é o adequado para o seu tipo
de trabalho: resumo informativo, indicativo ou crítico.
10
O exemplo de resumo informativo é de Câmara Jr., retirado desta fonte: MARTINS, Dileta;
ZILBERKNOP, Lubia. Português Instrumental. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 2002, p. 274.
O estudo linguístico, focalizando o que é mentado, relaciona-se com a Psicologia.
Além disso, a língua traz consigo a ideia de pensamento socializado, constituindo-
se em ato mental coletivo também estudado na Psicologia Social. A Linguística,
porém, não se confunde com nenhum ramo da ciência psicológica, pois, ao
estudar os processos de linguagem, trata do modo pelo qual a humanidade cria a
representação e a comunicação intelectiva. Dessa forma, a Linguística deve servir-se
de técnicas próprias, as quais não se confundem com as utilizadas pela Psicologia.
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