1.5.1. A versão fílmica
A narrativa da Disney para A Bela Adormecida (1959), inicia com um livro sendo
aberto, como se o espectador fosse ler a obra em sua forma escrita – este recurso é usado
também em Cinderela, como já citamos. De repente, somos transportados para um
universo imagético dentro do livro, onde está havendo uma espécie de procissão popular
saudando o nascimento da nova princesa, chamada Aurora, ao mesmo tempo em que
ouvimos votos de saúde e riqueza sendo entoados à menina.
O segundo bloco narrativo começa com a apresentação dos principais personagens,
com destaque a Aurora, seus pais, e as três fadas, que lhe concedem três dons. Durante essa
comemoração do nascimento da princesa, surge a personagem Malévola, a qual lança uma
maldição na garota. Daí surge a ideia de esconder a criança numa casa na floresta e de
queimar todas as rocas do reino, para que o feitiço não se concretize.
A transição para o terceiro bloco se dá com uma elipse temporal: passam-se 16 anos
e encontramos Aurora já moça, sendo criada pelas três fadas no meio de uma floresta. A
menina é muito gentil, possui bela voz, até que um dia, em uma de suas andanças pela
floresta, conhece o príncipe Filipe – o qual ela desconhecia ser um membro da realeza.
O quarto bloco, finalmente, constitui-se do enfrentamento entre as forças “do bem”
(Filipe e as fadas) e as forças “do mal” (Malévola), que também é o clímax do filme. Essa
parte da narrativa é crucial para se observar os limites da perversidade de Malévola e seu
final infeliz, marcado por sua morte.
O quinto bloco diz respeito ao desfecho da história, com Aurora sendo finalmente
acordada pelo beijo do príncipe Felipe, o baile dos noivos e o fechamento do livro que se
abrira na cena inicial do filme.
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