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O
T
EATRO
P
ORTUGUÊS E O
25
DE
A
BRIL
:
UMA
H
ISTÓRIA AINDA POR CONTAR
E
UGÉNIA
V
ASQUES
“[...] uma das maiores dificuldades com que se debate a poesia portuguesa contemporânea é a
abstracção, o inconcreto, a impossibilidade mental de escrever referencialmente, seja em
relação ao que fôr. Quase toda a gente [...] vive na aflição e na inibição de não dizer nada
claramente, de não mencionar nada concretamente, de não estabelecer conexões racionais e
lógicas com experiência alguma – o que nada tem a ver com a liberdade de imaginação ou com
a experimentação linguística, e é apenas o resultado de décadas de meias palavras cifradas...[e]
o preço que se paga de tanta gente, em séculos, ser descendente de familiares do Santo Ofício,