JOURNALISM, FICCTION AND IDEOLOGY
Antonio Claudio Engelke Menezes Teixeira2
Resumo: Este trabalho realiza dois movimentos interligados. Primeiro, trata-se de observar como as denúncias da parcialidade da atividade jornalística acabam por reafirmar o mito da objetividade, assim contribuindo para salvaguardar o lugar de fala do jornalismo. Na sequencia, argumenta-se que, a despeito de seus esforços, os autores construtivistas que avançaram a noção da notícia como narrativa permaneceram presos ao paradigma do jornalismo como espelho da realidade. A alternativa proposta consiste em radicalizar a perspectiva do jornalismo como atividade poética de criação de mundos. Deslocar a primazia da correspondência com a realidade não implica em descer a ladeira escorregadia do relativismo. Exige pensar a validade do discurso jornalístico em bases outras: perguntam pela fertilidade das perspectivas que trazem à esfera pública, ou sobre quão instrutivas são as histórias que ajudam a moldar no processo de narrá-las.
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