Revolução Federalista e a Revolta da armada
Em 1893, irrompeu no Rio Grande do Sul uma rebelião armada: a
Revolu-
ção Federalista
. O objetivo dos
rebeldes
era derrubar o presidente do estado
Júlio de Castilhos, um aliado de Floriano Peixoto. Conhecidos como federa-
listas
ou maragatos, eles lutavam também pela instauração do parlamenta-
rismo no Brasil. Seu principal líder era Gaspar Silveira Martins.
Júlio de Castilhos e seus seguidores, os chamados
pica-paus, reagiram e
teve início uma sangrenta guerra civil que levou o presidente Floriano Pei-
xoto a deslocar tropas do Exército para o Rio Grande do Sul, em apoio ao
presidente do estado.
A guerra civil gaúcha se estendeu para Santa Catarina e Paraná e teve re-
flexos na capital federal (Rio de Janeiro) ainda em 1893, quando uma rebelião
da Marinha brasileira se uniu à causa.
Oficiais da Marinha liderados pelo almirante Custódio de Melo, que pre-
tendia assumir a Presidência da República, exigiram o afastamento do pre-
sidente Floriano Peixoto alegando que, pela Constituição, ele não poderia
exercer o cargo: como Deodoro da Fonseca renunciara antes de completar
dois anos de mandato, novas eleições deveriam ser convocadas para a esco-
lha do novo presidente. Amotinados, os oficiais rebeldes e alguns marinhei-
ros se apossaram de barcos fundeados na baía de Guanabara e bombardea-
ram a cidade do Rio de Janeiro entre setembro de 1893 e março de 1894.
Tanto a Revolta da Armada, como ficou conhecido esse movimento,
quanto a Revolução Federalista foram duramente reprimidas pelo governo
federal. A primeira terminou em abril de 1894. Já a guerra civil gaúcha esten-
deu-se até meados de 1895, quando um acordo pôs fim aos combates e Júlio
de Castilhos voltou ao governo do estado.
Essa guerra civil deixou um saldo de aproximadamente 12 mil mortos. Mui-
tos dos combatentes morreram degolados, quando capturados pelos inimigos.
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