a revolução de 1905
Em janeiro de 1905, durante a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), os pro-
blemas internos da Rússia se agravaram devido à falta de alimentos, requi-
sitados para as tropas. Aproximadamente 200 mil
pessoas realizaram uma
manifestação pacífica em São Petersburgo, capital russa, cuja demanda era a
implantação de uma Assembleia Constituinte e melhores condições de vida
e de trabalho. Forças do governo dispararam contra a multidão, matando
cerca de mil pessoas.
Conhecido como
domingo sangrento, o massacre
repercutiu em toda a
Rússia. Nas grandes cidades foram criados os
sovietes, conselhos formados
por representantes dos trabalhadores que decidiam quais seriam as mano-
bras políticas da luta contra o czarismo (veja a seção
Eu também posso partici-
par, na página seguinte). O soviete mais importante era o da capital, presidi-
do por Lev Davidovich Bronstein, conhecido como Leon Trotski.
Os
sovietes organizaram greves, saques e manifestações, que eclodiram
por toda parte. No mar Negro, os marinheiros do encouraçado Potenkim se
sublevaram.
Em outubro, uma greve geral paralisou o país.
Encurralado pelo movimento, o czar Nicolau II legalizou os partidos políti-
cos e concedeu poderes legislativos à Duma (uma espécie de Parlamento). No
entanto, ao mesmo tempo, reprimiu duramente os sovietes e o movimento gre-
vista. Trotski, líder do soviete de São Petersburgo, e outros líderes foram presos.
A Revolução de 1905 não chegou
a derrubar o governo czarista, mas trans-
formou a Rússia em uma monarquia constitucional. Entretanto, o governo de
Nicolau II manteve características autoritárias: a polícia
permaneceu exer-
cendo o papel de instituição censora das liberdades civis e o czar tinha o
poder de dissolver a Duma a qualquer momento.
Compartilhe com seus amigos: