A classe operária
Surgido com a Revolução Industrial da segunda metade do século
XVIII, o
proletariado,
ou
classe operária, era formado por minera-
dores, ferroviários, portuários, trabalhadores industriais, etc. Era a
classe mais numerosa da Europa e a que
mais sofria com as desigual-
dades sociais decorrentes da Revolução Industrial.
No início do surgimento do
proletariado
, os operários eram, em
sua maioria, camponeses que haviam abandonado a zona rural e se
mudado para as cidades em busca de melhores condições de vida
(emprego, fartura de alimentos, moradias melhores, entre outras).
Uma
vez nas cidades, porém, tinham de se submeter ao estafante tra-
balho das fábricas e às péssimas condições sanitárias das moradias
operárias.
Diante da exploração, os trabalhadores passaram a se organizar
em associações de classe e a lutar por melhores condições
de vida e de
trabalho. Na França, essa luta levou a uma intensa participação política da
classe trabalhadora, que se expressou na quantidade de votos em grupos
socialistas, e nas tentativas de insurreições, como ocorreu em 1848 e em
1871, com a Comuna de Paris. No restante da Europa, a mobilização
do pro-
letariado culminou na criação da
Associação Internacional de Trabalha-
dores (AIT)
, que reunia representantes da classe provenientes de diversos
países do mundo.
Como resultado da Internacional de Trabalhadores
, ainda em 1864 o go-
verno francês reconheceu o direito de greve. Três anos depois,
permitiu que
os trabalhadores formassem cooperativas de trabalho. Na Inglaterra, em
1875, o governo reconheceu o direito dos operários de se organizarem em
sindicatos. Na Alemanha, a partir de 1880, foram
aprovadas leis que garanti-
riam a proteção social dos trabalhadores, como os seguros contra acidentes
e doenças profissionais,
aposentadoria, etc.
No final do século XIX, a classe operária tam-
bém se organizava nos Estados Unidos. No dia 1
o
de maio de 1886, os trabalhadores iniciaram uma
greve que reivindicava “oito horas de trabalho, oito
horas de descanso e oito horas para fazer o que
der vontade”. Mais de 350
mil pessoas paralisaram
suas atividades em todo o país. Os protestos se es-
tenderam durante os dias seguintes, e no dia 4 de
maio houve um confronto entre os trabalhadores
e a polícia que deixou
doze pessoas mortas e um
grande número de feridos. Oito líderes anarquis-
tas foram presos e quatro deles, enforcados.
Em homenagem a essas pessoas, o dia
1
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