Recessão econômica
Ao lado da grande exportação de
commodities, que favoreceu a balança
comercial
brasileira, o crescimento do consumo interno foi o principal mo-
tor da expansão econômica no final da primeira década do século XXI. Essa
combinação de fatores permitiu que,
em um primeiro momento, o país se
recuperasse rapidamente da crise econômica mundial de 2008. Como vimos
no Capítulo 11, esses fatores levaram muitos economistas a colocar o Brasil
entre as quatro principais
economias emergentes do mundo, ao lado da Rús-
sia, da Índia e da China.
Por diversos motivos, a partir de 2014 observou-se uma piora nos indica-
dores econômicos
brasileiros, o que levou o país a entrar em recessão. A con-
juntura internacional permaneceu desfavorável, com recuperação mais lenta
do que o previsto e queda do preço dos principais produtos de exportação
nacionais. Além disso, o governo havia aumentado, por sucessivos anos, des-
pesas e subsídios a fim de incentivar a economia interna
por meio de progra-
mas sociais, mas não obteve o retorno esperado em aumento da arrecadação.
Outro problema foi o congelamento de tarifas como a da eletricidade
e de combustíveis. Com isso, o governo
e as empresas se endividaram, e o
reajuste feito posteriormente levou a uma alta da inflação. Para evitar uma
alta ainda maior, o
Banco Central elevou os juros, medida que desestimula
o crescimento da economia. Dessa maneira, em 2015, além
da queda do PIB,
houve uma rápida elevação do desemprego: após anos de constante queda,
esse índice subiu de 6,5% para 9% em um ano.
O acesso ao crédito contribuiu
para a movimentação da
economia no início do século XXI.
Centros comerciais como
shoppings centers costumam
concentrar as atividades de
compra e venda e têm alta
circulação de
consumidores em
temporadas como o Natal. Foto
de
shopping center em São Luís do
Maranhão, em dezembro de 2012.
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