Entre o medo e a esperança
A intransigência de ambos os lados impede um acordo de
paz e a convivência pacífica entre palestinos e israelenses.
Em 1987, eclodiu nos territórios ocupados por Israel um tipo
de rebelião denominado
Intifada, na qual os palestinos atira-
vam pedras e paus nos soldados de Israel. No ano seguinte, o
Conselho
Nacional Palestino, que reunia representantes da
OLP e de outras organizações, proclamou unilateralmente a
criação de um Estado palestino.
A proclamação não resultou em um Estado palestino soberano e autôno-
mo. No entanto, deu origem à
Autoridade Nacional Palestina, uma espécie
de governo que tem Yasser Arafat como líder e é
reconhecido internacio-
nalmente como instância legítima na negociação de uma solução definitiva
para a questão palestina.
Em setembro de 2000, os palestinos que viviam em territórios ocupados
por israelenses iniciaram uma nova Intifada. Ataques fulminantes de tropas
israelenses apoiadas por tanques de guerra e atentados de grupos palestinos
provocaram a morte de centenas de civis e militares de ambos os lados.
Em 2001, o Exército israelense sitiou o quartel-general de Yasser Arafat
em Ramallah, na Cisjordânia, e o manteve cercado até outubro de 2004, quan-
do
Arafat adoeceu gravemente, vindo a falecer no mês seguinte.
Em agosto de 2003, o governo do primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon
iniciou a construção de um enorme muro separando Israel da Cisjordânia,
com o pretexto de impedir a entrada de terroristas palestinos em seu territó-
rio. Em 2004, o Tribunal Internacional de Justiça de Haia considerou o muro
ilegal, pois deixava 14% do território palestino no lado israelense.
Em 2012, a Organização das Nações Unidas aceitou a inclusão da Palesti-
na como Estado observador não membro da organização mundial. A Pales-
tina não tinha direito a voto, mas essa medida
foi considerada um reconhe-
cimento virtual da Palestina como Estado. A ONU reconheceu as fronteiras
que vigoravam antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Grafite de Banksy no muro da
Cisjordânia, que teria o objetivo
de impedir a entrada de
terroristas no território
israelense.
Para a Autoridade
Nacional Palestina, o muro visa
incorporar partes dos territórios
palestinos ao Estado de Israel.
Foto de 2012.
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Crianças de origem judaica e
palestina juntas em manifestação,
realizada em Nova York, Estados
Unidos,
contra os ataques
israelenses à faixa de Gaza.
Foto de 2014.
Bandeira palestina hasteada
em frente à sede da ONU, em
Nova York, Estados Unidos.
Foto de 2015.
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Professor(a), veja no Procedimento Pedagógico deste capítulo uma sugestão de
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