Ditaduras militares
A guerra contra o comunismo na América Latina culminou em uma onda
de golpes militares, apoiados ou perpetrados indiretamente pelos Estados
Unidos. No
brasil
, as Forças Armadas, com apoio de civis, derrubaram o
governo de João Goulart em março de 1964. Na sequência, outros países tive-
ram o mesmo destino: Bolívia (1964), Argentina (1966), Peru (1968), Panamá
(1968), Uruguai (1973), Chile (1973), entre outros.
De modo geral, os regimes militares da América Latina foram extrema-
mente autoritários e violentos, especialmente pela repressão aos movimentos
de esquerda. Na
Argentina
, por exemplo, os militares criaram 340 campos de
concentração, nos quais torturaram e mataram cerca de 20 mil pessoas. Outros
nove mil argentinos foram presos e são considerados desaparecidos até hoje.
Cerca de 500 bebês, filhos de prisioneiras assassinadas pelo regime militar,
foram sequestrados e entregues a outras famílias, muitas delas de militares.
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Maio de 1968, na França
Em maio de 1968, jovens universitários entraram em greve em
Nanterre, reivindicando mudanças no ensino, e foram duramente re-
primidos pela polícia.
O movimento se estendeu a Paris, e o que era apenas uma mani-
festação estudantil chegou às fábricas e tornou-se um protesto gene-
ralizado contra o governo do presidente Charles de Gaulle. Cerca de
10 milhões de pessoas entraram em greve.
Slogans como “É proibido
proibir”, “A imaginação ao poder” e “Sejam solidários e não solitários”
mobilizavam a multidão.
Embora não tenham conseguido derrubar o governo, os jovens
franceses descobriram a sua força e muitas das ideias de transfor-
mação da sociedade que defendiam influenciaram o pensamento da
juventude
de outros países.
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