UNIDADE
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Ci•ncia e tecnologia
S
omos surpreendidos diariamente com novos inven-
tos e novas descobertas nas áreas da ciência e da
tecnologia: mapeamento genético, vacinas para
doenças
graves como tuberculose, tétano e
pneumonia, robôs capazes de realizar cirurgias
delicadas, redes de computadores que possibi-
litam a comunicação instantânea entre pes-
soas separadas por milhares de quilômetros,
etc. permitem
que os seres humanos vivam
por mais tempo e com mais conforto. Tantas
novidades, entretanto, suscitam perguntas:
esses avanços têm apenas aspectos positivos?
Todas as pessoas vivenciam esse progresso da
mesma maneira?
Eles tornam as pessoas mais
felizes, tolerantes e solidárias? Quais são os limites
éticos dos pesquisadores em nome das conquistas
científicas e tecnológicas?
Essas são preocupações de muitas pessoas na sociedade
contemporânea.
O que se discute, muitas vezes, diz respeito
aos limites e usos da ciência.
É certo que os avanços científicos e tecnológicos ocorridos nos
últimos tempos provocaram diversas mudanças nos hábitos
e cos-
tumes da população. Entretanto, se colocados em prática sem cri-
térios éticos, muitos deles podem pôr em risco o equilíbrio entre as
sociedades humanas e o meio ambiente.
Nesta
Unidade veremos de que maneira, a partir da segunda metade
do século XIX, novos inventos e novas descobertas — a energia elétrica,
o cinema, o automóvel e o anestésico — aumentaram o entusiasmo em
torno das infinitas possibilidades da ciência e da capacidade humana.
As promessas de felicidade e progresso que permeavam o discurso cien-
tífico-tecnológico pareciam irrefutáveis, até
que uma de suas primeiras
grandes consequências negativas abalou o mundo: a Primeira Guerra
Mundial.
Algumas importantes tecnologias para o ser humano,
considerando a maneira como vivemos atualmente,
foram desenvolvidas em tempos de guerra,
como o GPS, os
serviços de ambulâncias e os antibióticos.
Na foto, na Favela da Maré (Rio de Janeiro), uma patrulha
militar usa carro que permite visualização total dos policiais e
alta velocidade em situações de perseguição. Foto de 2014.
Ro
seli
Sat
o/Arq
uivo pes
soal
A pesquisadora brasilien
se Priscila
Kosaka, que desenvolveu u
ma técnica
não
invasiva capaz de de
tectar um
câncer antes do primeiro s
intoma.
Na foto, ela está no Labo
ratório de
Bionanomecânica, em M
adri,
Espanha, 2014.
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