A barbárie nazifascista, segundo picasso
Em abril de 1937, a pequena cidade de Guer-
nica, no norte da Espanha, foi alvo de um inten-
so bombardeio a serviço do general Francisco
Franco: foram lançadas mais de 2,5 mil bombas
incendiárias sobre a cidade. Guernica ficou em
ruínas; 1 600 pessoas morreram e cerca de nove-
centas ficaram feridas.
A destruição da cidade levou o artista espa-
nhol Pablo Picasso – que na época vivia em Pa-
ris – a pintar
Guernica, reproduzida abaixo. Com
7,81 metros de largura e 3,5 metros de altura,
a tela, pintada em preto, branco e nuances de
cinza, é um libelo contra a barbárie nazifascista
e contra a desumanização das pessoas causada
pela guerra.
Por décadas a tela permaneceu fora da Espa-
nha atendendo a um desejo de Picasso:
Guernica
só poderia ir para a Espanha quando a democra-
cia voltasse a vigorar no país. Isso só ocorreria
em 1975, após a morte do general Franco. Em
1981
, Guernica chegou a Madri, onde se encontra
até hoje, no Museu Rainha Sofia.
O quadro não deve ser visto como uma crô-
nica dos acontecimentos reais, mas como uma
representação pictórica da Guerra Civil Espa-
nhola. Não há nele uma narrativa cronológica (de
começo, meio e fim); o que prevalece é a ideia de
simultaneidade: tudo ocorre ao mesmo tempo.
Veja a seguir algumas das principais caracterís-
ticas da obra.
O touro (e sua associação com o Minotauro) é uma
figura recorrente na obra de Picasso. É também o
símbolo da Espanha.
1
Guernica, óleo sobre tela de 1937, do pintor espanhol Pablo Picasso.
P
a
b
lo P
ic
a
s
so
/M
u
se
u N
a
ci
o
n
a
l C
e
n
tr
o d
e A
rt
e R
a
in
h
a S
o
fi
a
, M
a
d
ri
.
1
2
5
4
3
7
6
9
10
12
13
90
Compartilhe com seus amigos: |