A partir da segunda metade do século XVIII, adeptos das ideias iluministas tomaram parte em diversos movimentos contra o colonialismo português.
Entre os responsáveis pela difusão das ideias iluministas estavam jovens da elite econômica de cidades como Salvador, Vila Rica, Recife e Rio de Janeiro, que haviam estudado em universidades europeias.
Influência iluminista
Capítulo 11 – Sementes da emancipação
No final do século XVIII, os pardos livres eram proibidos de ascender na carreira militar ou de ocupar postos de administração públicas.
Em 1797, alguns desses membros da elite criaram em Salvador uma sociedade secreta emancipacionista e republicana, conhecida como Cavaleiros da Luz.
Praça da Piedade, em Salvador, BA, em gravura de Rugendas datada de 1835. A igreja havia passado por uma ampliação desde a Conjuração Baiana, mas a desigualdade social se mantinha inalterada.
Reprodução/Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, RJ.
O debate de ideias emancipacionistas e republicanas deu origem a um movimento conspiratório, que ficou conhecido como Insurreição Pernambucana ou Revolução de 1817.
O movimento enfraqueceu-se com as divergências entre os proprietários de escravos e os rebeldes abolicionistas.
Vitral no Palácio do Campo das Princesas, em Recife, presta homenagem às lutas libertárias de Pernambuco. O prédio foi concluído em 1841 e hoje é sede do governo do estado de Pernambuco.
Ashlley Melo/JC Imagem
Revolução Pernambucana
Capítulo 12 – Brasil: de colônia a império
Em fevereiro de 1821, o rei Dom João VI concordou em jurar fidelidade à Constituição que estava ainda para ser elaborada e em convocar eleições para a escolha dos deputados que iriam representar o Brasil nas Cortes de Lisboa.
Temendo perder o trono, Dom João VI anunciou também seu retorno a Portugal.
Em abril, a família real e mais quatro mil pessoas zarparam rumo a Portugal. Em seu lugar, o rei deixou o filho, Dom Pedro, que assumiu o poder no Brasil como príncipe regente.
Em 1822, Dom Pedro foi proclamado imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil.
Mais de 90% da população habitava a zona rural, onde os grandes proprietários de terra exerciam "governos" informais.
A cultura concentrava-se nas grandes cidades, onde também circulavam jornais e revistas, a maioria de vida curta e periodicidade incerta.
Esta litografia de 1824 representa uma rua de Recife onde havia comércio de escravizados. Podem-se observar a situação de abandono dos mais pobres, a violência contra os escravizados e poucos brancos. Obra de Augustus Earle Edward Finden.