IDEIAS FANÁTICAS E EXTREMISMOS DO NOSS DIA A DIA EM UMA RELAÇÃO
COM A ALEGORIA DA CAVERNA
Tragédias causadas pela falta de diversidade de ideias são mais comuns do que você
imagina. Não as vemos apenas quando aparecem nos jornais, na televisão, ou em
qualquer outro meio de comunicação, mas também dentro do nosso ambiente mais
próximo, seja em casa, na escola, ou área de trabalho. É possível identificar os danos
que a ausência de pluralidade de ideias pode causar.
Quando criança vemos o mundo pelo olhar de quem nos educa, ainda sem saber que
existem outras realidades a serem vistas. Frequentemente em diversas culturas o
âmbito familiar pode prender a criança em uma espécie de caverna proibindo-a de
conhecer novas culturas ou crenças, estabelecendo
assim uma bolha social que
acaba dificultando de ver o mundo por completo. Criando assim na maioria das vezes
um adulto frustrado e muita das vezes preconceituoso. A ignorância nos priva da
socialização e humildade, dessa forma, nos guia para o lado cada vez mais escuro da
caverna.
Atualmente estamos convivendo muito com a diversidade cultural e a pluralidade,
graças a tecnologia o que significa que ainda estamos
aprendendo a lidar com o
diferente.
Mas apesar de toda evolução do século XXI ainda existe muito preconceito e
problemas relacionados à diversidade, a pluralidade e a inclusão; ao passar dos anos
as pessoas foram evoluindo e aprendendo com outras culturas e nações, mas às
vezes por divergência
de ideias, de vestuários, ou até mesmo religião acontece o
preconceito e a exclusão.
Vivemos a era da preguiça, em que o comodismo tomou conta das pessoas devido
ao alto desenvolvimento tecnológico e extremo conforto proporcionado. As pessoas
têm preguiça de pensar, de duvidar, de questionar, tornando-se meras receptoras de
informações, conformadas com aquilo que é dito para elas. Não se busca mais saber
o porquê das coisas serem como são e nem o modo como elas realmente são.
Nos últimos anos, o extremismo político vem crescendo de modo alarmante no Brasil.
Posicionamentos apaixonados e incoerentes se misturam com discursos inflamados
e violentos, carregados de reações extremas e radicais. Os que se posicionam desse
modo não costumam apenas apresentar soluções simples e rápidas para problemas
complexos e profundos, eles não aceitam o contraditório. Essa é,
infelizmente, uma
tendência mundial e que já foi vista em outros períodos históricos da humanidade.
Existem grupos fanáticos por ideais, pessoas ou conspirações e que frequentemente
acreditam que os problemas socioeconômicos do mundo ou do seu país têm origem
em grandes armações contra as pessoas de ´´bem´´. Uma vez que os extremistas são
mais convictos
de seus conhecimentos, é possível que as pessoas que ainda não
definiram a sua perspectiva sobre o assunto são constantemente influenciadas por
noticias falsas ou com conteúdos sensacionalistas.
O que vemos hoje, infelizmente, são multidões que buscam apenas desconstruir o
discurso e a autoridade de seu "inimigo", quando deveriam debater de modo civilizado
formas de construir uma nação mais justa, democrática e desenvolvida. Os políticos
que compõem as câmaras municipais e assembleias legislativas,
o Congresso
Nacional e o próprio executivo não deveriam utilizar esses espaços para fomentar
verdadeiras guerras ideológicas, mas para dialogar sobre o futuro de nossa nação.
Nesses casos, é preciso ter autocrítica, nem sempre seguir as multidões é a melhor
forma de construir uma democracia.
Não podemos dar lugar ao fanatismo que engrandece apenas a si mesmo, colocando
os diferentes como errados, sem ao menos dar
a chance de escuta-los e
principalmente entende-los.
Por fim fazendo um paralelo com a alegoria da caverna escrita por Platão podemos
dizer que nesse novo cenário os prisioneiros: somos nós homens comuns, a massa,
o povo, pessoas comuns, que se contentam com o grau inferior de conhecimento e
não busca o conhecimento racional.
A caverna é a nossa própria mente cheia de
preconceitos, as sombras na parede são a desinformação, os frutos de nosso
conhecimento costumeiro, que nos enganam mostrando-se de maneira diferente do
que realmente são.
A saída da caverna: é o movimento em direção ao conhecimento
racional e verdadeiro. Abandonar a caverna é buscar conhecer e entender o novo.
A luz
solar, que no início causa desconforto, é a pluralidade é enxergar todos os lados
da moeda, que apesar de machucar é o que nos torna seres únicos e diferentes dos
outros animais.